Deputados comentam devolução da sede do PT ao Clube da Cidadania



O noticiário com a decisão da Executiva do PT de devolver em 90 dias a sede do partido para o Clube de Seguros e Cidadania repercutiu nos pronunciamentos dos parlamentares na tribuna.

O deputado João Osório (PMDB), ao citar uma matéria em jornal do Governo do Estado intitulada "CPI abandona o tema e se torna palco de ataques ao Governo", questionou "em que se baseia a consistência dessa acusação formulada contra a CPI, se a própria Executiva do PT entende que aquelas relações não eram das melhores e devem fazer a devolução da sede para o clube".

João Osório criticou também o prazo anunciado para a sede ser devolvida indagando se o PT "vai delinqüir por 90 dias? E continuará praticando atos antiéticos por todo esse tempo, se chegou à conclusão, hoje, de que a sede tem problemas de ordem ética na sua aquisição, permanecerá mais 90 dias morando na mesma casa?".

Já o deputado Vilson Covatti (PPB), comentou ser "incrível, como o PT pretende dizer aos gaúchos, pela imprensa, que entregará o prédio a um clube, que, segundo comunicado oficial recebido em agosto pelo presidente regional do partido, não exerce mais atividade comercial".

Vilson Covatti também contestou o noticiário "em que a cúpula do PT insiste em afirmar que as atividades dessa entidade eram legais e regulares" e lembrou que "tudo ficou comprovado na CPI, envolvendo a prática do tráfico de influência, lavagem de dinheiro, falsas contribuições e documentação contábil fraudulenta".

Por sua vez, o deputado Luis Fernando Schmidt (PT) rebateu Vilson Covatti explicando que "o Clube da Cidadania não alugou a sede do PT, ela encontrava-se em sistema de comodato. No dia 14 de julho de 1997, toda a imprensa gaúcha divulgou como funcionaria o Clube, a partir da sua criação. Portanto, ele é legal. Se alguém desvirtuou a finalidade deste clube, se alguém malversou recursos que seriam destinados ao Clube da Cidadania, esta é outra conversa".

O líder da bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass, afirmou que seu partido colocou publicamente a decisão em torno da sede e está lançando uma campanha junto aos filiados para comprar a sua sede com transparência e lisura. Disse que se recusa a ficar restrito a esse tema que faz parte do circo montado para atingir o PT.

Contestou, contudo, a afirmação de João Osório de que a devolução da sede era uma confissão de crime, afirmando que essa definição se aplica aos senadores Jader Barbalho , do PMDB, Antônio Carlos Magalhães, do PFL e José Roberto Arruda, do PSDB, que para não serem cassados renunciaram aos seus mandatos. Afirmou, ainda, que crime está cometendo neste momento o governo Federal contra a sociedade brasileira ao pretender modificar a CLT. "Para não cumprir a lei, querem terminar com ela".

11/29/2001


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