PFL quer inserir reforma política na pauta da convocação extraordinária
O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), reivindicou nesta quarta-feira (2) o apoio dos líderes partidários, especialmente o do PT, senador Tião Viana (AC), ao pleito de inclusão da proposta de reforma política na pauta da convocação extraordinária do Congresso Nacional. É por reconhecer a importância da matéria, já aprovada pelo Senado e em tramitação há mais de um ano na Câmara, que o Partido da Frente Liberal cobra sua inclusão na agenda de votações do período extraordinário, conforme explicou.
Além de registrar sua preocupação com a ausência dessa proposta na pauta de julho, José Agripino queixou-se de que o Congresso não teria sido convidado a negociar seus respectivos itens, definidos pelo Poder Executivo. Essa situação levou o senador pefelista a indagar -qual é a do PT?-. O líder pefelista relembrou a parceria mantida entre o PFL e o Partido dos Trabalhadores durante a discussão da reforma política no Senado, mas estranhou a falta de empenho da legenda para concluir sua votação.
Apesar desse contratempo, Agripino vislumbrou um certo prestígio da matéria entre o governo, dizendo-se -surpreendido e gratificado- ao ver a Câmara realizar um seminário e promover um lançamento de livro sobre a reforma política. -Se a reforma política é de fato tão importante, por que é que não se vota?-, questionou.
Dentre as principais mudanças contempladas pela proposta, o senador pelo Rio Grande do Norte destacou o financiamento público de campanha; a elaboração de listas fechadas; a fidelidade partidária, que exige uma filiação mínima de quatro anos para registro de candidatura; e a cláusula de desempenho, que exige do partido representação nacional para ter acesso ao fundo partidário e a tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV.
02/07/2003
Agência Senado
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