Plenário aprova indicações para cinco embaixadas
O Plenário do Senado aprovou na tarde desta terça-feira (11) os nomes de cinco novos embaixadores brasileiros: de Ana Lucy Gentil Cabral Petersen para Angola; de Fernando Simas Magalhães para o Equador; de Roberto Jaguaribe Gomes de Mattos para o Reino Unido da Grã-Bretanha; de Paulo Cesar Meira Vasconcellos para a Tailândia (cumulativamente com Camboja e Laos); e de João Carlos de Souza-Gomes para o Uruguai.
Jaguaribe, que obteve no Plenário 42 votos favoráveis, 4 contrários e 2 abstenções, disse à Comissão de Relações Exteriores (CRE), em 29 de abril, que o governo brasileiro poderá ter no Reino Unido um aliado na busca por um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
Em sua exposição à CRE, Jaguaribe ressaltou a possibilidade de aprofundamento do que chamou de "relação bilateral ampliada" entre o Brasil e o Reino Unido. A relação ampliada, explicou, inclui temas globais, como o meio ambiente e a mudança climática, nos quais, a seu ver, o Brasil tornou-se um interlocutor importante.
Ligações
Lucy Gentil, que recebeu do Plenário 39 votos favoráveis, 2 contrários e 1 abstenção, disse na CRE, também em 29 de abril, que Angola tem uma "relação privilegiada com o Brasil", país com o qual mantém ligações há séculos e que foi o primeiro a reconhecer a sua independência de Portugal, em 1975.
Após o fim da guerra civil, em 2002, Angola conquistou estabilidade política e sua economia passou a crescer, nos últimos anos, com os maiores índices da África. O crescimento pode alcançar 8% neste ano e, segundo a embaixadora, existe um "enorme potencial" para a ampliação das relações econômicas bilaterais.
Durante a votação em Plenário, o senador Eduardo Suplicy registrou que Lucy Gentil participa Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, que começou no dia 10, no Palácio do Itamaraty, e segue até quinta-feira (13).
Integração
A indicação de Fernando Simas Magalhães para o cargo de embaixador brasileiro no Equador foi aprovada no Plenário por 39 votos favoráveis e 4 contrários. Magalhães anunciou na CRE que pretende engajar o Equador no que chamou de "integração produtiva" da América do Sul. Ele mencionou como um projeto importante nesse sentido o corredor multimodal que conectará Manaus ao porto equatoriano de Manta.
Ressaltou também a adoção, pelo Equador, do padrão nipo-brasileiro de televisão digital. O embaixador informou que se empenhará por maior equilíbrio na relação bilateral. Em 2008, o Brasil exportou U$ 878 milhões para o Equador e importou apenas US$ 42 milhões.
Amizade
João Carlos de Souza-Gomes, cuja indicação para a embaixada no Uruguai recebeu do Plenário do Senado 43 votos favoráveis e 5 contrários, afirmou na CRE, em 6 de maio, que pretende fortalecer as relações entre Brasil e Uruguai, aumentar o comércio bilateral, que qualificou de "expressivo e promissor", intensificar a integração energética e estimular a cooperação técnica.
O diplomata destacou o "excepcional nível de amizade" entre Brasil e Uruguai, países que, observou, têm compromisso com a integração regional e com o respeito aos direitos humanos. Ele defendeu a diplomacia parlamentar como "instrumento indispensável para a consecução e legitimação da política externa" e sugeriu a criação de um grupo parlamentar de amizade Brasil-Uruguai.
Crise
A indicação de Paulo Cesar Meira Vasconcellos recebeu no Plenário do Senado 39 votos favoráveis, 4 contrários e 1 abstenção. Em sabatina na CRE, em 6 de maio, ele disse que concentrará sua atividade em alguns pontos. O primeiro, o acompanhamento da crise política na Tailândia, para identificar a perspectiva de uma mudança nas parcerias estratégicas. Esse acompanhamento da crise também teria por objetivo dar apoio aos brasileiros que vivem na Tailândia ou visitam o país.
Vasconcelos também pretende dedicar-se à promoção das exportações brasileiras e à diminuição do desconhecimento mútuo entre os dois países, com um trabalho na área cultural para divulgação da imagem do Brasil.
O novo embaixador sugeriu uma grande missão de parlamentares brasileiros à Tailândia, para contato com os parlamentares de lá, e a organização de um grupo de tailandeses formadores de opinião pública - empresários, jornalistas, universitários - que viria ao Brasil para conhecer as diferentes faces do país.
11/05/2010
Agência Senado
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