PMDB dá sumiço nas prévias









PMDB dá sumiço nas prévias
Convenção obtém quórum e anula decisão de lançar candidato próprio para disputar a Presidência

Um dia depois de perder o apoio do PFL, o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu ganhar mais força dentro do PMDB. Na convenção nacional extraordinária feita ontem, no Senado, o partido decidiu suspender as prévias que estavam marcadas para o próximo dia 17, quando seria escolhido um nome do PMDB para disputar o Palácio do Planalto.

No início da noite, já haviam sido contados 272 votos dos convencionais contra as prévias, de um total de 396 votos (superando, portando, a maioria simples exigida).

Com a decisão de ontem, a tese da candidatura própria – defendida pela ala antigovernista do PMDB – fica descartada, deixando aberto o caminho para o partido apoiar o candidato de Fernando Henrique, o senador José Serra (PSDB-SP). Em junho, o PMDB vai formalizar oficialmente suas alianças.

O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, e o senador Pedro Simon são os principais defensores, no PMDB, do lançamento de uma candidatura própria. Agora, o grupo deles deverá entrar na Justiça, tentando anular a convenção de ontem e manter o resultado de uma outra, feita no domingo, que sinalizava para as prévias.

Em compensação, saíram vitoriosos o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e outros aliados do Planalto, como o governador do DF, Joaquim Roriz.

"O momento atual não é bom para uma decisão partidária. As legendas estão em convulsão", disse Temer, referindo-se à indefinição, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das regras sobre as coligações.


Roriz põe time no jogo
O governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, colocou ontem todo o seu time em campo para garantir a vitória dos aliados de Fernando Henrique na convenção do PMDB.

Além de ter sido um dos primeiros a comparecer à convenção e votar contra as prévias, Roriz fez questão de levar junto com ele as principais lideranças do PMDB de Brasília, como o secretário de Obras, Tadeu Filippelli, e o secretário de Assuntos Fundiários, Odilon Aires. O deputado Alberto Fraga e o senador Valmir Amaral, da bancada do DF, reforçaram o grupo.

O governador ainda arregimentou um grupo de parlamentares goianos sobre os quais tem influência. E conversou durante cerca de meia hora com o presidente nacional do partido, Michel Temer, que agradeceu o apoio.

"O momento não é o de fazer as prévias", afirmou Roriz. "O PMDB precisa, agora, ter a consciência para fazer acordos políticos mais amplos, que vão garantir a governabilidade do País", ressaltou.

Roriz disse que seria "irresponsável" se não mantivesse uma postura de absoluta lealdade ao presidente Fernando Henrique. "Se eu não ficasse ao lado dele, estaria prejudicando toda a população do DF, que é mantido por verbas da União", explicou.

Segundo o governador, o presidente nunca negou o atendimento às reivindicações do povo de Brasília. "Ele é um político sério, que merece toda a nossa confiança", disse Roriz.

De acordo com Roriz, Fernando Henrique é "o homem mais capacitado para conduzir o país neste momento de dificuldades", pois "sempre busca o consenso e os grandes entendimentos nacionais, sem se preocupar com revanchismo nem com interesses localizados".

Roriz aproveitou para comentar a decisão, do TSE, de condicionar as alianças regionais às nacionais. "As regras são para os tribunais. Eu só me preocupo com os votos", disse. (J.P.J.)


Bornhausen quer saída de filiados do governo
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, disse ontem que por "questão de coerência e caráter" todos os que ocupam postos na administração federal por indicação partidária devem entregar seus cargos. Na quinta-feira, o partido rompeu sua aliança com o governo
"Pelo que sei, apenas o Everardo Maciel (o secretário da Receita Federal) não tem indicação política", completou.

Bornhausen ressaltou que a Comissão Executiva aprovou, por unanimidade, que a presença do partido no governo não mais se justifica, o que significa que "todos os filiados no partido que ocupam cargos no governo devem pedir demissão".

Carazzai diz que não é do PFL e fica na Caixa
O presidente da Caixa Econômica Federal, Emílio Carazzai, disse ontem que não é filiado ao PFL e que vai permanecer à frente do banco.

Carazzai diz que, além disso, foi indicado para o cargo pelo vice-presidente Marco Maciel e aprovado pelo Ministro da Fazenda, Pedro Malan.

"Na quinta-feira, o ministro Malan me honrou com o convite para permanecer no cargo, com a aprovação do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Não sou filiado ao PFL e qualquer determinação do partido só se aplica a seus quadros'', disse o presidente da Caixa.


Transferência amplia o eleitorado do DF
Campanha procura aumentar número de votantes, atraindo morador que tem título de outras regiões

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal fez mais de 32 mil atendimentos depois do lançamento da campanha Vote Perto de Casa, em 18 de novembro. A intenção é fazer com que os eleitores que moram em Brasília, mas têm título de fora, votem, em vez de justificar a ausência. Em 2000, cerca de 140 mil pessoas justificaram o voto no DF, no primeiro turno das eleições. A região tem cerca de 1,5 milhão de eleitores.
Ontem a campanha atendeu os eleitores na estação de metrô da Galeria dos Estados, na Asa Sul. Foram atendidos 444 eleitores entre às 9h e 17h. A iniciativa agradou quem passou pelo local. O estudante Helmer Hydalgo Lima, 20 anos, afirma que, sem a campanha, não teria transferido o título, que é de Goiás. "Aproveitei que estava passando por aqui", afirma Helmer, que mora em Santa Maria.

Para a professora Sílvia Holanda, 36 anos, o posto evitou uma viagem no dia de eleição. Sílvia tem título de Formosa-GO há 13 anos e em todas as eleições ia até a cidade para votar. "Nunca deixo de votar", diz a professora. "Nem acredito que meu voto mude muito a situação do País, mas faço minha parte", completa.
O segurança Artaxenes Lins, 34 anos, que tem o título registrado em Pernambuco, não deixou a possibilidade passar em branco. "Como estão fazendo essa campanha resolvi mudar meu título para cá", diz. No entanto, a demora na fila quase o fez desistir. "Se o atendimento demorar muito vou embora e justifico de novo", ameaçava. Depois de cerca de 35 minutos na fila, o segurança fez a transferência do título.
A próxima cidade do DF a receber os postos de atendimento da campanha será Sobradinho, no domingo, dia 10. Dois postos serão montados na cidade: um estará no Centro Educacional 02 e o outro no Caic Júlia Kubitschek. O atendimento será feito das 9h às 17h. Os interessados devem levar documento de identidade e o título de eleitor.


300 índios ameaçam fazer suicídio coletivo
Eles podem ser expulsos hoje de área que ocupam e já armazenaram herbicida para ser usado como veneno

Cerca de 300 índios da nação guarani-caiová estão dispostos a cometer suicídio coletivo hoje, quando devem ser despejados por uma força policial da Fazenda Fronteira, no município de Antônio João, no extremo sul de Mato Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai. Eles ocupam o local há três anos, garantem que a terra é de seus antepassados e, por isso, não pode abrigar brancos.

De acordo com o coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Pedro Franco, há a informação de que vários galões de herbicida foram escondidos no acampamento e os índios estão dispostos a utilizá-los como veneno. Eles ocupam a fazenda há três anos, sempre ameaçados por despejos que foram adiados. Mas a Justiça Federal decidiu que ontem seria o último prazo para que saíssem da fazenda.

Pedro Franco disse que na segunda-feira desta semana o índio Ramão da Silva cometeu suicídio, depois de ter confessado aos colegas que estava muito triste por causa do impasse quanto à posse da terra.


MST de olho nas terras dos políticos
"O mês é abril, mas a data será uma surpresa". Assim o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior, anunciou que serão ocupadas fazendas do ex-prefeito Paulo Maluf, do empresário Fábio Monteiro de Barros, do ex-governador Orestes Quércia e de muitos outros políticos.

Segundo ele, em abril haverá uma série de invasões de terras consideradas improdutivas em todo o País, começando por São Paulo.
Só no estado, estão previstas 70 invasões.

De acordo com José Rainha, essa é uma "operação de desespero", porque é injusto no Brasil que 12 milhões de trabalhadores fiquem sem terras para produzir – sendo 600 mil apenas em São Paulo. Enquanto isso, afirmou, muitos ricos possuem terras improdutivas, que poderiam ser utilizadas para reforma agrária." As invasões vão servir para pressionar o presidente Fernando Henrique Cardoso e outros governadores a tomarem providências".

O anúncio dessas invasões ocorreu na Marcha pela Paz e Contra a Violência, que Rainha comanda desde segunda-feira pela Via Anhangüera, com destino São Paulo. Hoje, 1.200 integrantes do MST chegam à capital paulista. Na Praça da Sé, será realizada uma manifestação ecumênica de bispos e pastores, às 16h.

O movimento também irá protestar contra os baixos salários de policiais e políticas erradas de segurança no País, disse Rainha.


Artigos

Internet: mocinha ou vilã?
Marcelo Moura

Uma das grandes contribuições trazidas pela Internet é a divulgação da notícia, principalmente em tempo real. Esse tipo de informação não é nenhuma novidade. No Brasil, o rádio já faz isso, e muito bem, desde a década de 1950, quando transmitia os jogos das copas do mundo ao vivo, enquanto que a TV só trazia as imagens com semanas de atraso. Depois, a televisão se modernizou e passou a ser o meio de comunicação rápida mais popular.

E ainda é. Só que, ao seu lado, já aparece a tela do micro como grande fonte de informação. Com a vantagem poder ser consultada no mesmo instrumento em que se trabalha, ou seja, no computador, e ainda oferecer uma série de recursos, como copiar os textos, imprimi-los, copiar as fotos e mil outras possibilidades.

Para a informação, o investimento em novas tecnologias tem feito a festa do espectador. O Tira-Teima, aquele software que a Rede Globo usa para analisar jogadas duvidosas em partidas de futebol, era uma grande novidade e uma atração à parte nos jogos. Hoje, evoluído a não ter mais como, o programa já trabalha com animações e ficou muito mais preciso, além de usar figuras fotográficas em vez de bonecos, como na primeira versão.

Do mesmo modo, os antigos e gigantescos carros de transmissão de TV foram substituídos por unidades portáteis de volume ínfimo, se comparados aos seus antepassados. E, para eventos como a Copa do Mundo que está para chegar, não há mais a necessidade de uma verdadeira tralha para que os fatos cheguem a seu público. Com uma câmera fotográfica ou de vídeo digital, um aparelho de telefone celular e um computador de mão, é possível transmitir, para qualquer lugar do planeta, acontecimentos ao vivo. Claro que isso só é possível com linhas de transmissão e satélites eficientes.

Para as redações de jornais impressos, nada melhor. Um fotógrafo bem equipado é capaz de alimentar seu editor sem causar atrasos na edição por espera de fotos. Tudo acontece no ato, e a única barreira é a velocidade do computador. E, não posso deixar de dizer isso, do operador.
Para não encerrar sem falar do lado social dessa história, há gente que perde e gente que ganha, de modo bem simples. Perde quem não se adaptar aos avanços e ganha – geralmente muito – quem trabalha com eles ou se adapta, adota-os como uma nova realidade. Morrem e nascem empregos.

A Internet tem muita bobagem também. Aliás, tudo o que não precisa existir está lá. Como sites dedicados a placas de carro ou a acontecimentos sobrenaturais. Mas, na verdade, é um grande instrumento, uma biblioteca em cima da mesa.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Arapongas espionaram Sarney
Uma empresa de segurança de Brasília foi contratada em dezembro, por políticos do PSDB, para monitorar (por grampo) e investigar a vida de Roseana, do marido Jorge Murad e demais membros do clã Sarney. A “Operação Águia”, como foi batizada, resultou num dossiê que reúne velhas e novas acusações, além de fotos, fotomontagens e fotocópias de documentos de origem e autenticidade não comprovadas. O dossiê trata, inclusive, da vida íntima de familiares do ex-presidente José Sarney.

Inferno astral
Um novo míssil está apontado contra Roseana Sarney. Atende pelo nome de Credita Factoring, empresa que pertenceu ao marido Jorge Murad e a José Abreu, também secretário de Estado do Maranhão.

Serra, serrador
O candidato tucano já pode mudar o nome: em vez de José, Moto Serra.

Janela aberta
O ministro Arthur Virgílio Neto telefonou ontem a Roseana Sarney, às 13h35, para agradecer. Disse que percebeu sua mão no rompimento light do PFL e no adiamento do discurso do pai, senador José Sarney. Mostrando intimidade com as artes e manhas da política, ela manteve a janela aberta: “Diga ao pessoal lá (referindo-se a FhC) que não guardo ódio de ninguém. Quem sabe se não nos reencontramos lá na frente?”

Maior prejú
A brigalhada do PFL prejudicou o País: em Nova York, o preço de oferta de bônus brasileiros (C-Bonds) caiu de 9/16 para 80 5/16 cents por dólar.

Desolação à mesa
Reuniram-se no Restaurante Piantella, de Brasília, na madrugada de sexta, os ex-ministros José Jorge e Roberto Brant, o ex-líder Heráclito Fortes, Jorge Bornhausen e o secretário-geral do PFL, Saulo Queiroz. Não havia charutos, sorrisos, nada. Havia uísque, muito uísque, e olhares perdidos no nada. Faltou um disco de Maísa, a rainha do deprê.

Itamar parte para outra
Após amargar mais uma derrota, com o cancelamento das prévias do PMDB, o governador Itamar Franco prepara-se para outro revés. Vai defender a união da oposição – incluindo o PT – em torno da candidatura de Ciro Gomes (PPS). Não há a menor chance de não fracassar.

Pra lá de Bagdá
Declaração bombástica do ministro Francisco Weffort (Cultura) para a agência iraniana de notícias Irna: a paz e a estabilidade dependem do diálogo entre as civilizações. Profundo. Como ninguém é de ferro, o fim de semana será dedicado ao lazer com a namorada, Helena Severo, secretária de Cultura do Rio.

Mister simpatia
Apesar do tiroteio em Roseana Sarney, José Serra (32%) ganhou o troféu de o presidenciável mais rejeitado, na enquete do site claudiohumberto.com.br. Participaram 3.055 votantes.

Doce mordomia
O shopping Deck Brasil, no Lago Sul, em Brasília, deve ter algum borogodó. Ontem, pelas 18h, três carros oficiais jaziam à sua porta, com sonolentos motoristas aguardando os ilustres: uma perua do Tribunal Superior do Trabalho (plana JFO 3940), um Tempra preto (JFO 6882) do Tribunal Regional Federal e um Ômega preto do STJ (placa 010).

Amigos
O primeiro pefelista a entregar o cargo a FhC foi o líder do governo, deputado Heráclito Fortes (PI). Ao despedir-se, o presidente pediu que as diferenças políticas não afetassem a amizade que os une.

Nem aí
José Aleksandro (PSL-AC), que está sob investigação, foi eleito vice-presidente da Comissão d a Amazônia, na Câmara dos Deputados.

Cuidando da biografia
A coluna publicou e o ex-ministro das Minas e Energia chiou: pediu à Fundação Cacique Cobra Coral que eliminasse qualquer referência ao nome dele no site fccc.org.br, que republicou as notas. Os alertas da médium Adelaide Scritori sobre a incompetência de José Jorge irritaram o “falecido”. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

Lama do vizinho
“É a crise mais supreendente, profunda e confusa desde a queda de Fernando Collor”, analisa a correspondente do argentino Clarín, em São Paulo. Para Eleonora Gosman, a saída do PFL é apenas um sintoma, não a doença, José Serra patina, sem carisma, e Roseana não atrai a classe média e crê que ainda reina sobre os pobres submissos.
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Pior, impossível
Os dentistas recebem os mais baixos salários da área de Saúde do Rio. Ganham ainda menos que os R$ 1.100 líquidos dos médicos do sistema penitenciário do estado: R$ 400, brutos. Camelô ganha mais.

Meu filho, meu problema
Flanando em Miami, o filho do ex-argentino Fernando de la Rúa, pode voltar sob vara, para explicar na Justiça seu papel na repressão policial de 20 de dezembro. Diz o jornal Página 12 que “Antonito”, o filho do Fernando de lá, participou de reuniões que decidiram a pancadaria. Estão boicotando discos da noiva, a cantora colombiana Shakira.

Poder sem pudor

De volta à planície
Inocêncio de Oliveira (PFL) e Carlos Wilson (PTB) viajaram juntos para o Recife, ontem. Ao experimentar o café servido pela comissária de bordo, o líder pefelista na Câmara fez uma careta:
– Argh, tá frio!
Wilson não perdeu a chance:
– Vá se acostumando, Inocêncio, você agora é oposição...


Editorial

PONTE JK: MARCO DE QUALIDADE

Excelente notícia para os brasilienses a de que a Terceira Ponte do Lago Paranoá segue seu cronograma e deverá beneficiar cerca de 400 mil pessoas em poucos meses. Mesmo que o ideal para a cidade não seja o crescimento na direção de São Sebastião e Unaí, o adensamento populacional naquela área é um fato.

De nada adianta o governo pensar apenas em povoar as bordas dos trilhos do metrô. Governar é a arte do possível. E a Ponte JK é um marco no desenvolvimento de Brasília. É uma prova de amadurecimento, de que o Distrito Federal é hoje uma grande metrópole, com seus problemas e virtudes.

E um dos problemas é o caos que os moradores do Lago Sul, dos condomínios e de São Sebastião enfrentam todo dia na Estrada Parque Dom Bosco, único acesso ao Plano Piloto. Com a ponte, o tempo de casa ao trabalho dos moradores dessas regiões vai cair para 30% do atual.
Os cidadãos terão mais tempo para se informar de manhã, menos estresse antes do trabalho e poderão dar maior dedicação aos filhos. Aos críticos do enfoque nas obras do Governo do Distrito Federal, fica a mensagem. Infra-estrutura melhor reflete na vida das pessoas de várias maneiras. Mais conforto e eficiência podem ser diferenças sutis à primeira vista, mas ao longo de um ano, uma década, fazem a diferença.


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03/09/2002


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