PMDB é o maior partido no Senado; PT cresce e é a segunda força
As eleições deste domingo aumentaram, no Senado, a força dos partidos que dão suporte ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Importantes líderes da oposição não voltarão ao Senado para o período que começa em 2011 e vai até 2019. Além de sentir a ausência de nomes como Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Marco Maciel (DEM-PE) e Heráclito Fortes (DEM-PI), que perderam as eleições, os partidos de oposição encolheram. O PSDB caiu de 16 para 10 senadores, e o DEM foi de 13 para apenas 6.
Enquanto isso, o PMDB sai de 17 parlamentares para 21, e o PT vai de 8 para 14. Mas não é simples chegar a esses números. Pois a contagem de senadores passa não somente pelos eleitos neste domingo. É preciso levar em conta que alguns senadores que teriam mandato até 2015 disputaram eleições para governadores de estado. Renato Casagrande (PSB) foi eleito governador do Espírito Santo e em seu lugar assume Ana Rita Esgário (PT). Rosalba Ciarlini (DEM) é a governadora eleita do Rio Grande do Norte, e deixa sua vaga no Senado com Garibaldi Alves, do PMDB, pai do senador reeleito Garibaldi Alves Filho (RN), também do PMDB.
Outro que deixa o Senado em razão de uma vitória é Raimundo Colombo (DEM), eleito governador de Santa Catarina. Isto também muda a correlação de forças das bancadas na Casa. Pois seu suplente é Casildo Maldaner, do PMDB. Atualmente, porém, exerce o mandato a segunda suplente, Níura Demarchi, do PSDB. Tião Viana (PT) foi eleito governador do Acre, mas seu suplente também é petista: Aníbal Diniz.
Uma outra questão coloca o tamanho das bancadas em jogo. É que as eleições para senador nos estados do Pará, de Amapá e da Paraíba estão sub judice. Vários candidatos bem votados foram impugnados pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Como o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não julgou a aplicabilidade da lei nestas eleições, não se sabe se Jader Barbalho (PMDB-PA), Paulo Rocha (PT), João Capiberibe (PSB-AP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) serão ou não considerados aptos para se eleger. Assim, as eleições de Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Marinor Brito (PSOL-PA), Gilvam Borges (PMDB-AP) e Wilson Santiago (PMDB-PB) esperam a decisão da Justiça. Por enquanto, são eles que figuram entre os eleitos.
No caso do Pará, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral Ricardo Lewandowski já adiantou que a votação dos candidatos impugnados Jader e Paulo Rocha somou 57% dos votos, o que pode provocar a anulação desta eleição e a marcação de outra. A lei estabelece que, havendo anulação de mais da metade dos votos, haverá nova eleição.
Ainda nesta madrugada, havia dúvida quanto ao senador eleito em Rondônia. A Justiça Eleitoral acabou por confirmar a candidatura de Ivo Cassol (PP), o que tirou a vaga de Fátima Cleide (PT), que tentava a reeleição.
Veja aqui a configuração das bancadas em fevereiro de 2011, já considerando os suplentes dos senadores eleitos para governos de estados.
04/10/2010
Agência Senado
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