Senadores do PMDB apontam demonstração de unidade do partido
O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) elogiou a autonomia do partido, mesmo diante da pressão que estaria sendo exercida por "forças de fora" da agremiação para que outro nome viesse a ser indicado. "A autodeterminação foi o fator preponderante desta decisão", avaliou Maldaner.
Ao relatar o encontro da bancada, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) informou que Jader apresentou a cada senador certidões negativas do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Pará, atestando que não existe nenhuma condenação contra ele. "Quem participa da vida pública pode, a qualquer momento, ser vítima de acusações falsas de seus adversários", observou Suassuna.
O senador Gilvam Borges (PMDB-AP) classificou a escolha de Jader Barbalho como uma reação aos vetos a sua indicação. Ele comentou que os senadores do partido se sentiram feridos com as críticas feitas a Jader. "A reunião foi excelente e, além da sucessão, também foi feita uma avaliação da política nacional", relatou.
O único voto contrário à indicação de Jader foi do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que recorreu ao escritor Nelson Rodrigues para explicar a sua posição. "Toda unanimidade é burra", disse ele. O senador José Fogaça (PMDB-RS), único a se abster na escolha, explicou que votou dessa forma por discordar do método adotado pela bancada. "Pressões externas não podem ser consideradas para tomar decisões", afirmou.
A reunião do PMDB durou mais de três horas e contou com a manifestação de 17 senadores. Usaram da palavra os senadores Jader Barbalho (PA), Ney Suassuna (PB), Roberto Requião (PR), Íris Resende (GO), Renan Calheiros (AL), Tasso Rosado (RN), Gilberto Mestrinho (AM), Marluce Pinto (RR), Amir Lando (RO), Ramez Tebet (MS), Carlos Bezerra (MT), Casildo Maldaner (SC), Gilvam Borges (AP), Ronaldo Cunha Lima (PB), Alberto Silva (PI), José Fogaça (RS) e Pedro Simon (RS).
30/01/2001
Agência Senado
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