PMDB rebelde viabiliza prévia na conveção







PMDB rebelde viabiliza prévia na conveção
Delegados aprovaram a redução do quórum para as prévias de 50% para 20% e garantiram que o candidato escolhido terá seu nome homologado em junho, assumindo o comando da campanha

A Executiva Nacional do PMDB reconheceu ontem que não há como questionar a decisão da convenção extraordinária realizada ontem, na Câmara Municipal de São Paulo. A afirmação é do segundo vice-presidente da Executiva, deputado federal gaúcho Cezar Schirmer.

Segundo Schirmer, que presidiu os trabalhos da mesa no evento de ontem, a convenção do partido marcada, para o próximo dia 8, em Brasília, tinha o objetivo de discutir os pontos que já foram definidos na convenção extraordinária desse domingo. “A convenção de hoje (ontem) é legítima e incontestável. Não há mais propósito para realizar outra, porque resolvemos aqui todos os pontos que estão marcados para serem discutidos lá”, explicou Schirmer.


Zequinha, irmão de Roseana, deixa governo
A governadora do Maranhão exige que o PFL entregue imediatamente cargos nos ministérios e rompa com o PSDB

O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, o Zequinha, entrega o cargo hoje ao presidente Fernando Henrique Cardoso. A decisão do ministro teria sido antecipada por causa da crise criada entre o PFL e o governo, com a busca de documentos no escritório Lunus Participações, do gerente de Planejamento do governo do Maranhão, Jorge Murad, marido da governadora, Roseana Sarney irmã de Zequinha. A governadora quer que o PFL rompa imediatamente com o governo, entregando seus cargos nos ministérios, e com o PSDB. Zequinha sairia do Ministério em abril para disputar a eleição à Câmara ou ao Senado.


Eleitores brasileiros votam em candidatos decentes?
No momento de votar, o povo pode ser influenciado por fatores alheios à eleição, como exemplo, a saúde de candidatos

S entimental ou racional? Como age o povo brasileiro em época de eleição? Os brasileiros, conhecidos pela solidariedade e pelo poder de mobilização, em ano eleitoral são o alvo de políticos sedentos por votos. Neste ano, dois pré-candidatos à Presidência da República vivem problemas (ou soluções?) semelhantes, mas estão distantes, um do outro, de acordo com os índices das últimas pesquisas de intenção de voto.

Pelas consultas populares, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), está na liderança em empate técnico com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto Ciro Gomes (PPS) é quinto colocado na corrida presidencial. Segundo Tânia Fusco, assessora de imprensa da governadora, "apesar de Roseana ter feito 14 cirurgias - duas das quais para a retirada de trompas e outra no estômago - a saúde dela está perfeita". Tânia garante que a governadora não teve câncer.

O presidenciável Ciro Gomes não apresenta problemas de saúde, porém a companheira dele, atriz Patrícia Pillar, assumiu publicamente que está com câncer nos seios. Patrícia faz tratamento quimioterápico e revela que pretende subir no palanque com Ciro durante a campanha eleitoral. O fato de Roseana ter se submetido a diversas cirurgias e Patrícia estar com câncer pode influir no resultado da eleição para presidente da República?


Começa o ano letivo nas escolas públicas do RS
Brigada Militar e agentes da EPTC desenvolvem esquema especial na volta às aulas na capital e em todo o Estado

Hoje é dia de cerca de 1,5 milhão de estudantes voltarem a encontrar seus colegas. No começo do ano letivo nas redes públicas estadual e municipal de Porto Alegre, a Brigada Militar preparou um esquema especial para dar mais segurança nas imediações das escolas. Na capital, a fiscalização do trânsito será reforçada por fiscais da EPTC.

Junto com os alunos, 96 mil professores e funcionários voltam às atividades em 3.031 escolas públicas do RS. Também retornam os cerca de 56 mil alunos da rede municipal, distribuídos nas 91 escolas. Uma das novidades neste ano letivo é a expansão do Ensino Médio, com a criação de 80 novas escolas, 44 para o Ensino Médio regular, 35 para a Educação de jovens e Adultos (EJA) e uma escola para indígenas.

O ano letivo também se inicia com mais professores concursados em sala de aula e a garantia do governo do Estado de que não faltarão professores. Foram nomeados 4.151 novos docentes. As nomeações atendem à ampliação do Ensino Médio, os casos de licença a aposentadoria e a diminuição gradativa dos contratos temporários nas escolas estaduais.


Dengue faz vítimas fatais
A dengue hemorrágica fez neste final de semana as primeiras vítimas fatais no Distrito Federal e no Paraná. O estudante João Paulo Viana, 17, é a primeira vítima em Brasília. Ele estava hospitalizado há dez dias em estado grave e contraiu a doença no Rio, durante o Carnaval.

Em Maringá, no Paraná, a dona de casa Patrícia Moreira, 24, morreu no último dia 14, mas a confirmação só veio no sábado. Em São Paulo, uma professora também morreu.

No Rio, a dengue já matou oficialmente 24 pessoas neste ano, mesmo número registrado em todo o ano de 1991, o pior da história. São mais de 25 mil casos notificados da doença. Em São Paulo, já são cerca de 8.500 casos.


Editorial

TRABALHO E ESCOLA

O Brasil tem sido muito criticado pelo excesso de trabalho infantil. Entre os 78 milhões de pessoas que compõem a nossa força de trabalho, há cerca de 4,5 milhões de menores trabalhando: 47% têm entre 14 e 15 anos; 44% entre 10 e 13 anos e 9% entre 5 e 9 anos. O assunto é polêmico, pois ao mesmo tempo em que é totalmente condenável a exploração da mão-de-obra infantil, é preciso considerar experiências vividas em outros países, que se caracterizam não como abuso de crianças, mas corno experiência de vida. Pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou dados impressionantes. Em média, as crianças americanas de 12 e 13 anos trabalham sete horas por semana; os adolescentes de 14 e 15 anos trabalham 15 horas e os de 16 e 17 anos, 20 horas.

Nos Estados Unidos, os pais acreditam que dá aos filhos noções de responsabilidade e pontualidade. Essa prática parece fazer parte da cultura anglo-saxônica, pois, na Inglaterra, 40% das crianças entre 10 e 15 anos trabalham. As pesquisas indicam que o trabalho não atrapalha o estudo. Ao contário: os americanos que têm as melhores notas são os que mais trabalham.

No Brasil, na faixa de 10 a 15 anos, há cerca de quatro milhões que trabalham. Destes, 3,6 milhões (90%) vão à escola. Portanto, o trabalho não se constitui em obstáculo para a maioria das crianças brasileiras estudar. Evidentemente é preciso combater o trabalho infantil entre os menores de 10 anos. Na faixa seguinte, de 11 a 14 anos, a ampliação da bolsa-escola pode levar a zero os que ficam fora da escola. O que o Brasil precisa examinar com seriedade é se deseja manter em 16 anos a idade mínima para o trabalho, quando a maioria dos países a fixa em 14 anos.


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03/04/2002


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