Produtores culturais defendem projeto de Pastore
Produtores culturais e artistas defenderam, na audiência pública realizada na Subcomissão de Cinema, Comunicação e Informática, nesta quarta-feira (28), projeto de lei do então senador Luiz Pastore (PMDB-ES), que foi suplente de Gerson Camata, propondo aumento do número de empresas com acesso aos incentivos fiscais para investir em cultura. O presidente da Agência Nacional de Cinema (ANCINE), Gustavo Dahl, lembrou que a Lei Rouanet é amplamente usada pelas empresas e que sem sua existência não haveria retomada do cinema brasileiro. Dahl afirmou ser favorável ao projeto de lei de Pastore, uma vez que incentiva a participação de mais empresas no fomento a cultura. O produtor Teatral Paulo Pélico defendeu posição semelhante.
A atriz Giulia Gam afirmou ser necessário encontrar a melhor forma de distribuir recursos para a cultura e lembrou também que as leis de incentivos tornaram possível manter a produção cultural, após desmonte pelo qual o setor passou nos anos 90. "É muito chato que a cultura no Brasil seja vista como artigo de luxo, ela é transformadora e tem potencial não explorado", disse a atriz.
O maestro Júlio Medaglia disse que a área de cultura tem orçamento pobre e que as leis de incentivo são importantes para o país, assim como o financiamento privado. O maestro afirmou esperar que as empresas menores possam ter programas de investimento em cultura. Ele também e posicionou-se favorável ao projeto de Pastore.
O dirigente cultural Ricardo Ohtake destacou que os produtores culturais trabalham com projetos com até dois anos de antecedência e que mudanças na legislação trazem grandes perdas para o planejamento do setor. Mas posicionou-se favorável às medidas que tragam mais recursos para a área.
28/04/2004
Agência Senado
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