Projeto de Álvaro Dias prevê pagamento de compulsório
Segundo Álvaro Dias, o governo não pode, pura e simplesmente, "dar o calote".
- É preciso honrar o compromisso para com aqueles que compulsoriamente contribuíram com os cofres públicos, num momento particularmente difícil da história do país.
O senador acrescentou que sua proposta visa a reduzir o passivo da União para com os contribuintes do empréstimo compulsório, sem provocar expansão monetária, "o que é fundamental no combate à inflação". Ele lembrou que, de acordo com o decreto-lei nº 2.288, de 1986, o compulsório incidente na aquisição de automóveis de passeio e utilitários e na compra de gasolina ou álcool para veículos automotores deveria ser resgatado no último dia do terceiro ano posterior ao seu recolhimento, sendo o pagamento efetuado com quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento. Lembrou também que essa modalidade de pagamento - títulos em vez de moeda corrente - motivou a declaração de inconstitucionalidade do compulsório pelo Supremo Tribunal Federal, o que levou o presidente da República a encaminhar ao Congresso projeto de lei para determinar o resgate, em dinheiro, do empréstimo.
O projeto acabou sendo vetado pelo presidente, diante de ponderação do Ministério da Fazenda de que o prazo de um ano para o pagamento do empréstimo era muito curto. Até hoje, mais de seis anos depois, o governo não adotou nenhuma iniciativa para honrar seu compromisso, observou o parlamentar paranaense. Por esse motivo, Álvaro Dias resolveu apresentar o projeto, "que não exige qualquer desembolso do governo e ao mesmo tempo possibilita ao contribuinte o resgate do empréstimo compulsório".
01/08/2001
Agência Senado
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