QUINTANILHA: PROJETO DO CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO NÃO RESOLVE
O senador Leomar Quintanilha (PPB-TO) disse hoje (dia 7) que o projeto sobre contrato temporário de trabalho consiste num esforço do governo para ampliar a oferta de empregos e reduzir a mão-de-obra ociosa no Brasil, mas, em sua opinião, essa é uma solução ainda tímida, "porque o desemprego continuará assombrando a maioria dos lares brasileiros".
Conforme o senador, não só os jovens, mas também os pais de família estão, cada vez mais, vendo-se desempregados e perambulando pelas ruas em busca de sustento para suas famílias. "Isso tem levado ao desespero e, não por acaso, os índices de violência atingiram patamares nunca antes conhecidos", comentou.
Quintanilha observou que estão crescendo os assaltos a ônibus, quando é sabido que esses veículos não transportam somas expressivas. Como exemplo de recrudescimento da violência, também disse que trabalhadores modestos estão sendo alvos de assaltos, e considerou imperativo que o Senado reflita sobre essa situação.
Ele pregou a necessidade de o governo buscar alternativas urgentes para a sociedade, e criticou o tratamento dado à agricultura, que em sua opinião está servindo sobretudo para expulsar o homem do campo. Ele lembrou que a atividade rural é subsidiada em qualquer lugar do mundo, enquanto no Brasil o governo autoriza a importação de produtos agrícolas, propiciando mais desemprego no campo.
Também disse que o Brasil tem uma área imensa e capaz de gerar empregos, e sugeriu a abertura de postos de trabalho na construção civil e no garimpo manual. Conforme Quintanilha, à época em que se garimpava manualmente o desemprego no Brasil não era um problema tão grave. Os senadores Romeu Tuma (PFL-SP), Pedro Simon (PMDB-RS), Leonel Paiva e Eduardo suplicy (PT-SP) apartearam, para se manifestar também preocupados com o crescimento dos índices de desemprego.
07/01/1998
Agência Senado
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