Quintanilha quer redivisão territorial do Brasil



Citando o exemplo bem-sucedido de seu estado, o senador pelo Tocantins Leomar Quintanilha (PFL) defendeu em Plenário nesta terça-feira (26) novos desmembramentos dos atuais estados brasileiros.

- A redivisão é uma forma de redistribuição de renda, de o poder estar ocupando regiões vazias e desocupadas e fazer justiça à população brasileira - afirmou o parlamentar, lembrando a proposta do senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) de redividir o estado do Mato Grosso e desmembrar os estados do Pará e do Amazonas.

Quintanilha afirmou que a divisão territorial "se faz impositiva para diminuir as diferenças regionais". Segundo ele, em estados com dimensões continentais, as comunidades que vivem mais distantes "ficam relegadas ao esquecimento, já que o vazio de poder nessas regiões é acentuado".

O parlamentar afirmou que o desmembramento de Tocantins do estado de Goiás - mesmo tendo originado uma nova unidade da federação "maior que muitos países europeus", com 278 mil quilômetros quadrados - "possibilitou que uma imensa massa de brasileiros que habitavam as plagas entre os rios Tocantins e Araguaia pudesse buscar o seu destino de grandeza e de dignidade".

- Em apenas 13 anos, o Tocantins dá uma demonstração inquestionável, transparente, clarividente, de que uma redivisão territorial do país é inadiável - afirmou o parlamentar.

Quintanilha destacou que o estado tem procurado obter procuração junto ao governo federal para construir as rodovias federais em seu território, no intuito de "integrar as diversas regiões do Tocantins e o estado às demais regiões brasileiras". Ele citou o asfaltamento das estradas que ligam o Tocantins ao Pará e ao Maranhão, pedindo ao governo federal que construa as pontes sobre os rios Araguaia e Tocantins, cuja ausência interrompe essas rodovias. Pediu também que o Ministério dos Transportes inicie imediatamente a "operação tapa-buracos" na rodovia Belém-Brasília.

Em aparte, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) qualificou de "convidativa" a tese de redividir os estados, por implicar "uma descentralização do poder para se fazer uma ocupação eqüitativa do território nacional".



26/02/2002

Agência Senado


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