Relatório sobre Jader será votado na semana que vem
A votação do relatório foi adiada em virtude do pedido de vista feito pelos senadores Nabor Júnior (PMDB-AC) e Waldeck Ornelas (PFL-BA). A princípio, o presidente interino do conselho, Geraldo Althoff (PFL-SC), havia concedido um prazo de 24 horas para a análise do documento. A decisão provocou protestos dos parlamentares do PMDB. "O prazo de 24 horas é insuficiente para uma análise do conteúdo do relatório", disse o líder do partido Renan Calheiros (AL), que pediu os mesmos prazos concedidos nos processos que culminaram na cassação do ex-senador Luiz Estevão e na renúncia dos ex-senadores Antonio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda.
- É preciso dar o direito à ampla defesa. Nos episódios anteriores, o PMDB não deu nenhuma orientação partidária e recomendou aos integrantes da bancada o voto de acordo com as suas consciências - disse Renan Calheiros. Ao final da reunião, Waldeck Ornelas leu notas taquigráficas de sessão do conselho realizada durante processo contra Antonio Carlos e Arruda, nas quais constam declarações do senador Pedro Simon (PMDB-RS) de que Renan orientara a bancada peemedebista a votar contra os senadores processados por quebra de decoro.
O senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) também criticou o prazo de 24 horas, para ele, irrisório. O parlamentar disse ainda que a discussão em torno de uma possível quebra de decoro de Jader está sendo partidarizada. "Vamos fazer uma comissão de ética suprapartidária. Vamos apurar se houve culpa e, em hipótese positiva, votaremos pela condenação", sintetizou.
Nesta quinta-feira (dia 13), às 10h, será realizada a eleição do novo presidente do conselho, em substituição ao senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), que renunciou para realizar tratamento médico. O PMDB reivindica o cargo e indicou o senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS). A senadora Heloísa Helena (PT-AL) disse que a possível eleição de um parlamentar do mesmo partido de Jader não terá influência sobre o andamento do processo por quebra de decoro. "É irresponsável a argumentação de que havia uma manobra para tirar Althoff e dar fôlego a Jader com o apoio da oposição, já que é mesmo impossível que, sob a égide desta presidência, se dê a indicação do relator para o processo", disse a senadora.
12/09/2001
Agência Senado
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