Renan: "Invasão de privacidade é algo repugnante"



O presidente do Senado, Renan Calheiros, considerou "repugnante" a divulgação dos extratos bancários do caseiro Francenildo Santos Costa, que teve sua conta devassada no momento em que prestava, na semana passada, depoimento à Polícia Federal. O caseiro afirma que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, freqüentava a casa que ex-assessores da prefeitura de Ribeirão Preto (SP) mantinham em Brasília.

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Em entrevista nesta quarta-feira (22), Renan disse acreditar que ninguém, do caseiro ao presidente da República, pode ter sua vida devassada à revelia da justiça e do estado de direito.

- Invasão de privacidade é algo repugnante. É preciso que haja uma investigação rápida e que, se houver um culpado - e acho que há culpado -, seja punido exemplarmente - disse.

O presidente do Senado insistiu em afirmar que, em um estado de direito, não existe ninguém acima nem abaixo da lei. Por isso, ele considerou tão longo o prazo de 15 dias pedido pela Caixa Econômica Federal, onde o caseiro tem conta bancária, para o oferecimento de explicações.

- Se isso fosse resolvido em dois dias, seria melhor. Temos que investigar, esclarecer, responder e punir exemplarmente os responsáveis por essa devassa, para que essas coisas não voltem a acontecer.

Na mesma entrevista, Renan foi indagado se o ministro Antonio Palocci deve voltar a dar explicações à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos. O senador respondeu que não.

- O ministro Palocci já prestou muitos serviços ao Brasil, à estabilidade econômica e tem muitos serviços para prestar ainda. Ele sempre se colocou à disposição para, se for o caso, vir aqui. Mas acho que, por enquanto, não há nenhuma necessidade de que isso aconteça.



22/03/2006

Agência Senado


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