Representante de bancários em greve pede que Sarney ajude a reabrir negociações



O presidente do Senado, José Sarney, recebeu nesta quinta-feira (7) o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec), Lourenço do Prado, que pediu sua interferência junto ao governo para que sejam reabertas as negociações com os bancários em greve. À saída da audiência, o presidente da Contec disse que Sarney prometeu interceder.

Prado disse que a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para o reajuste salarial dos bancários não atende às reivindicações dos empregados dos bancos públicos federais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também disse que, por enquanto, a greve continua, pois não há fato novo capaz de mudar seu rumo.

Ele explicou que, para os empregados desses bancos, o reajuste tem que ser maior e a participação nos resultados dos lucros precisa ser adequada, sendo essencial também o estabelecimento de um processo de reposição das perdas salariais acumuladas durante os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Em sua opinião, se o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não der um tratamento diferenciado a essa questão, essas perdas vão se agravar.

- Nesse sentido é que viemos conversar com o presidente Sarney, para que ele interceda junto ao governo federal, para que sejam reabertas negociações entre os bancos públicos e o movimento sindical, e para que a gente tenha condições de receber propostas adequadas para levar às assembléias gerais. Com propostas debatidas e aprovadas, a gente sairá desse processo de greve com a celebração de acordos coletivos - disse Prado.

Acompanhado do deputado distrital Augusto Carvalho (PPS-DF) e de outros representantes da Contec, Lourenço do Prado disse que Sarney possivelmente procurará o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em busca de uma solução.

- Nós estamos buscando apoio para que essas negociações sejam destravadas. O prosseguimento da greve e a falta de negociação é um processo ruim que não ajuda ninguém, nem quem está na greve, nem os bancos, nem a sociedade - disse.



07/10/2004

Agência Senado


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