REQUIÃO ALERTA PARA POSSÍVEL "QUEIMA DE ARQUIVO" NO PARANÁ



O senador Roberto Requião (PMDB-PR) protestou contra decisão da CPI da Assembléia Legislativa do Paraná que investiga o narcotráfico de transferir para a penitenciária estadual o depoente Marcelo Nascimento da Rocha, o que poderia levá-lo à morte para "queima de arquivo". Alertado pelo advogado de Marcelo Rocha, Requião mobilizou um deputado e um procurador para impedir a remoção do depoente, argumentando que "lá ele não sobreviveria uma semana".

Requião informou que o presidente da CPI paranaense, deputado Algaci Túlio, foi citado pela CPI do Narcotráfico da Câmara Federal, que localizou dois cheques suspeitos depositados na conta do parlamentar. O depoente Marcelo Nascimento da Rocha, por sua vez, fez declaração por escrito em que implica dois deputados estaduais e um deputado federal, informou Requião.

Requião manifestou também a sua indignação com o que chamou de "atos antijurídicos e ideologicamente conotados" por parte do Poder Judiciário. Ele se referia ao cancelamento de liminar que sustava a venda do Banco do Estado do Paraná (Banestado) e anulava seus efeitos, decidido na quarta-feira (dia 25) pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o senador, o juiz que concedeu a liminar baseou a decisão em uma série de irregularidades que verificou no processo de privatização do banco estadual. O governo do estado ignorou a liminar e recorreu ao STJ, onde conseguiu o cancelamento.

- O Paraná foi roubado e a Justiça faltou com o estado - afirmou o senador, para quem o Poder Judiciário "tem consagrado vendas absurdas do patrimônio público".

26/10/2000

Agência Senado


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