Requião apresenta dados sobre montadoras
O senador contra-argumenta que, na Europa, além dos equipamentos de trabalho serem mais modernos, um trabalhador europeu tem carga-horária bem mais humana do que aquela a que são submetidos os trabalhadores brasileiros, com um salário até dez vezes maior. Ele informou que a Chrysler, "depois de empanturrar-se com generosos benefícios concedidos" pelo governo do Paraná, suspendeu sua produção.
Requião leu em plenário matéria do jornal Gazeta do Paraná onde o presidente da Volkswagem do Brasil, Herbert Demel, afirma que o fechamento de fábricas de veículos no Brasil não se encerra com a paralisação das atividades da Chrysler. Demel avalia que os prejuízos acumulados pelas 17 montadoras instaladas no Brasil são decorrentes de uma aposta, "que se revelou errada", no crescimento do mercado brasileiro de veículos e anunciou que sua fábrica localizada no Paraná pode ser a próxima a ser fechada. A matéria conclui que essa situação confirma o que críticos da política de incentivos às montadoras, como Requião, previam.
O senador disse que nada disso comove o governo, que ainda está admirado com "a tão alardeada recuperação da economia brasileira", acrescentando que resta aos homens de oposição a "tarefa de reproclamar a independência do Brasil".
22/02/2001
Agência Senado
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