REQUIÃO CRITICA VANTAGENS CONCEDIDAS A MONTADORAS
Ao comentar, nesta quinta-feira (dia 25), a redução do ICMS cobrado sobre a venda de automóveis, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que o governo do Paraná não cobra ICMS das montadoras, porque elas ganharam isenção absoluta, por dez anos, podendo também pagar os empréstimos recebidos sem acréscimo de juros nem correção monetária.O senador explicou que, em vez de recolher ICMS, o governo do seu Estado investe recursos públicos nas montadoras. Também disse que, nessa discussão que o Brasil faz sobre a redução do ICMS dos automóveis, o governador do Paraná, num primeiro momento, se disse a favor, num segundo, se disse contra, porque a redução não passava as fronteiras do Estado. "Então, tanto faz 9% ou 13% de zero; são números simbólicos", afirmou Requião.Ainda segundo Requião, o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, está em conflito com as montadoras do seu estado, por não querer cumprir contratos acertados pelo seu antecessor e que seriam lesivos aos cofres públicos. Por essa razão, o senador leu em plenário trecho de entrevista concedida pelo economista Celso Furtado à revista do Sindicato dos Economistas do Rio de Janeiro. Nessa entrevista, o economista disse que a política econômica brasileira deveria olhar para o crescimento do mercado interno, que é a forma de pensar na população. Para Furtado, o desenvolvimento brasileiro tem que privilegiar as necessidades do país. O economista também diz que o Brasil oferece favores absurdos para essas montadoras se instalarem, quando poderia criar empregos, investindo em gente.
25/03/1999
Agência Senado
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