REQUIÃO CRITICA SENTENÇAS E DEFENDE MUDANÇAS NA LEI ELEITORAL



O senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu nesta quarta-feira (dia 13) mudanças na lei eleitoral e na Justiça Eleitoral, como forma de "revisar o processo ditatorial que está prejudicando o sistema democrático brasileiro". O senador pediu que advogados de todo o país enviem a ele "pérolas" proferidas por juízes em suas sentença para serem editadas como uma antologia que será utilizada para iniciar as mudanças.
Requião criticou veementemente a juíza Lenice Bodstein, da Justiça Eleitoral do Paraná, que determinou a retirada do ar de denúncia que vinha sendo divulgada na TV, em horário eleitoral gratuito, pela coligação de partidos liderada pelo PMDB paranaense. O motivo alegado pela juíza, segundo ele, foi o uso, proibido por lei, de símbolo da Prefeitura Municipal de Curitiba. O senador explicou que o vídeo é uma denúncia e não propaganda eleitoral, e que, levado recurso a instâncias superiores, a decisão será revogada. "Mas, aí o tempo terá passado e a eleição terá sido concluída", afirmou.
O vídeo contendo a denúncia e suspenso pela juíza, continuou o senador, mostrava que os carros alugados para uso da prefeitura e os carros alugados para a campanha eleitoral do atual prefeito saíam da garagem da mesma locadora de veículos.
Outra sentença criticada pelo senador foi a que determinou a retirada do ar de propaganda que mostrava imagens do governador Jaime Lerner na festa de casamento da filha, em um iate de luxo, no rio Hudson, em Nova Iorque, com todos os integrantes do seu governo. Essas cenas eram sobrepostas a outras mostrando a violência da PM contra os Sem-Terra. No vídeo, Requião repetia um dito popular: "Esse pessoal parece um balaio de caranguejos. Quando puxa um, vem a fieira. Um grudado no outro".
- Mas a juíza não parou por aí. Além do dito popular, que era a base da nossa campanha, ela também proibiu qualquer referência a caranguejos ou o uso de imagem dos caranguejos. Esses juízes pensam que prejudicam o PMDB, mas apenas denigrem a imagem da Justiça Eleitoral, porque isso ocorre em todo o país - afirmou o senador.

13/09/2000

Agência Senado


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