Reserva de vagas e forma de ingresso na Uergs preocupam deputados



Os parlamentares que participaram da audiência pública do Fórum Democrático ocorrida hoje pela manhã, em Montenegro, manifestaram sua preocupação com questões ainda não esclarecidas no projeto do governo. O deputado Paulo Azeredo (PDT), representante de Montenegro na Assembléia Legislativa, apresentou duas emendas ao projeto do governo. A primeira, pede 80% da reserva de vagas para alunos carentes da rede pública de ensino, e a segunda diz que os cursos oferecidos pelos Uergs privilegiem a vocação das regiões. A deputada Jussara Cony (PcdoB) também defendeu a reserva de vagas para alunos oriundos da escola pública, destacando que "chega de igualar os desiguais". Ela disse ser necessária eleição direta para o cargo de Reitor, pela comunidade universitária e enfatizou que nem crédito educativo resolve a situação do aluno pobre. A deputada afirmou que a Assembléia Legislativa está ajudando a criar um projeto com "a cara do Rio Grande", lembrando que a Uergs vai contribuir para a modificação das questões estruturais do Estado. A deputada Iara Wortmann (PMDB) lembrou que esta é a 17ª audiência pública sobre a Uergs, salientando a universidade é uma questão extremamente séria e diante disso, não haverá motivo de divisão entre a situação e a oposição. “É uma discussão ampla, pois todo o Estado clama por uma universidade estadual”, salientou. No entanto, disse que junto com a universidade é necessário criar um programa de crédito e de bolsa de estudo para os carentes, pois só assim estará sendo feita justiça social. Disse que de todas as audiências, esta em Montenegro foi a melhor, parabenizando o Vale do Caí. O vice-presidente da Comissão de Educação, deputado Edson Portilho (PT) defendeu a necessidade do projeto da Uergs ser votado o mais breve possível, com todas as contribuições que têm sido feitas a ele. Disse que a Uergs será estratégica para formação de docentes, pois há milhares de professores estaduais que não tiveram acesso ainda a curso superior, por absoluta falta de condições financeiras. Afirmou que é preciso garantir o acesso à universidade tanto através de prova (vestibular), como por condições financeiras e renda familiar, não bastando apenas a condição de estudar o ensino médio em escola pública. A audiência foi presidida pelo presidente da Comissão de Educação, deputado Onyx Lorenzoni (PFL).

05/17/2001


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