Ricardo Ferraço defende medidas para manter solidez da política fiscal brasileira




O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) destacou em Plenário nesta terça-feira (20) a política fiscal brasileira, que considerou um verdadeiro exemplo a ser seguido pelas economias mundiais vítimas da crise financeira internacional. O senador afirmou que o Brasil tem hoje uma sólida política fiscal, fator central para o desenvolvimento do país, mas que é preciso adotar medidas para manutenção dessa solidez, sob o risco de a crise também contaminar o país;

Ricardo Ferraço deu como um exemplo da boa política fiscal brasileira a Lei de Responsabilidade Fiscal, editada em 2000, que mantém sobre controle os gastos públicos com pessoal no país. Para o senador, essa disciplina fiscal foi sendo conquistada e apropriada pela população brasileira, que conquistou resultados positivos. Se em algum momento das últimas décadas o déficit público brasileiro chegou a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), agora o Brasil fecha 2011 com superávit de 3%. Também a dívida pública do país chega a 40% do PIB enquanto países em crise como Grécia, Irlanda, Itália e Portugal enfrentam dívidas de mais de 100% de seus PIBs.

- Mas não podemos perder de vista que precisamos persistir nos avanços na política macroeconômica e nas reformas institucionais capazes de sustentar o crescimento econômico de longo prazo e transformá-lo em ganhos concretos de qualidade de vida e bem estar social para os brasileiros - argumentou.

Na avaliação de Ricardo Ferraço, é preciso melhorar ainda mais a composição dos superávits primários para continuar reduzindo a dívida pública e consequentemente o custo deste financiamento. Isso porque os ajustes feitos até agora atingiram despesas públicas e investimentos. Seria agora o momento de dar a contrapartida da poupança pública, "essencial para financiar maiores taxas de investimentos e crescimento exponencial do país".

O senador também defendeu a contenção de gastos nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) para que haja mais espaço para os investimentos e redução do endividamento público e da carga tributária.



20/12/2011

Agência Senado


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