Rigotto aparece na frente de Tarso na primeira pesquisa para o 2
Rigotto aparece na frente de Tarso na primeira pesquisa para o 2º turno
C aso o segundo turno para as eleições fosse hoje, o peemedebista Germano Rigotto seria o primeiro colocado, com 58,8% das intenções de voto, de acordo com levantamento feito pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração (Cepa) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O representante do PT, Tarso Genro, teria 35,8%. A pesquisa foi encomendada pelo jornal Zero Hora.
Os votos brancos e nulos, segundo o instituto, somam 1,4%, e os indecisos, 4%.
Na pesquisa sobre expectativa de vitória, a vantagem de Germano Rigotto é ressaltada.
De acordo com Cepa, 68,3% dos entrevistados acreditam em sua vitória se a eleição fosse hoje, enquanto 24,6% dão como certa a eleição de Tarso. Nessa questão, o íncide dos que não souberam responder foi de 7,1%.
O Cepa ouviu 1.750 pessoas no dia 8 em 49 municípios gaúchos. A margem de erro da pesquisa é de 2,4 pontos percentuais.
Campanha eleitor de Tarso e Rigotto começa hoje no rádio e na TV. A de Lula e Serra, só na segunda
Hoje recomeça o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV para o segundo turno da campanha eleitoral, mas apenas os candidatos ao governo do Estado apresentarão seus programas. Os presidenciáveis decidiram reiniciar os programas nos meios de comunicação a partir de segunda-feira.
Haverá transmissão da propaganda eleitoral gratuita todos os dias, inclusive aos domingos, das 7h às 7h40min e das 12h às 12h40min no rádio e das 13h às 13h40min e das 20h30min às 21h10min na TV.
Hoje, como só haverá apresentação dos programas dos candidatos ao governo do Estado, o horário eleitoral terá seu tempo diminuído nos últimos 20 minutos.
Debate na TV: Lula só quer a Globo
O candidato à Pr Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem que irá participar de apenas um debate no segundo turno das eleições, na Rede Globo, com seu adversário José Serra (PSDB). A realização dos encontros foi tema de divergências entre as duas candidaturas, já que Serra defende o maior número de debates possível, enquanto Lula quer apenas um debate na TV, com um pool de emissoras.
A justificativa do PT é que a campanha no segundo turno - três semanas - é muito curta para mais de um encontro.
O coordenador de agenda da campanha de José Serra, o deputado Alberto Goldmann, disse que o fato de o PT ter sugerido um único debate demonstra o desrespeito do candidato petista pelo eleitor e que Lula demonstra com isso "falta de preparo".
O publicitário Nelson Biondi, que divide com Nizan Guanaes a coordenação de marketing e de comunicação da campanha tucana, confirmou todos os convites recebidos. "No primeiro turno, acertamos o compromisso de participar de debates nas mesmas emissoras também no segundo turno”, disse Biondi.
Após o encontro que teve com o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, em Belo Horizonte, o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, mandou a primeira farpa deste segundo turno contra o adversário, José Serra. Lula deixou o Palácio da Liberdade agradecendo o apoio do governador e do povo mineiro no primeiro turno das eleições.
O PT foi o único partido a apresentar emendas à medida provisória do capital estrangeiro nas empresas de comunicação
O PT foi o único partido a apresentar emendas à medida provisória que regulamenta a entrada de capital estrangeiro nas empresas jornalísticas e de radiodifusão. No total, foram dez sugestões de alterações.
A primeira emenda pede que seja acrescentado um artigo determinando que, em até 90 dias após a publicação da MP, o Minicom (Ministério das Comunicações) faça um recadastramento das composições societárias das empresas de radiodifusão vigente em 30 de setembro de 2002 e envie cópia da documentação para o Conselho de Comunicação.
O PT pede ainda a modificação do caput do artigo 10 da MP, que dispensa da aplicação do Decreto 236/67 os investimentos de carteira de ações com limites de até 20%. O partido pediu que o limite seja de 5%. A preocupação do PT, nesse caso, é o poder econômico indireto que esses investidores possam exercer sobre as empresas de radiodifusão.
O partido sugeriu ainda a supressão do artigo 9, que modifica o artigo 12 do Decreto 236/67, de modo que os limites de propriedade sejam válidos apenas para sócio, acionista ou cotista que tenham mais de 19,9% em outras empresas.
Na alínea do artigo 7 da MP, o PT sugeriu a inclusão da expressão "órgão regulador" em lugar de "órgão competente do Poder Executivo" para que concessionárias e permissionárias apresentem declaração com a composição de seu capital social. Fica mantida a obrigação de envio das mesmas informações aos órgãos de registro comercial.
Revistas Veja e IstoÉ já tinham prontas no domingo edições completas com Lula como presidente da República
A possibilidade de vitória do candidato petista Luís Inácio Lula da Silva já no primeiro turno da eleição presidencial mexeu com a estrutura de jornais e revistas. A indefinição levou veículos como Veja e IstoÉ a prepararem edições tratando Lula com presidente eleito, para caso vitória realmente se confirmasse. As pesquisas do Ibope na véspera da eleição e na boca-de-urna mostravam o petista com 50% e 49% dos votos válidos, respectivamente reforçando a tendência.
A revista IstoÉ circulou n sexta-feira e preparou um edição extra para ser usada numa eventual definição do pleito. Como José Serra (PSDB) qualificou-se para o segundo turno, não há outra opção a não ser guardar o trabalho para depois do dia 27, data da nova disputa. Isso, claro, confirmando-se a vitória do PT
Já Veja provavelmente seguiria o mesmo caminho. Com a manchete "Você Decide", acabou desmentindo a informação de que iria à bancas na segunda-feira, exemplo de Época e Carta Capital.
A única solução possível, se Lula vencesse, chamaria-se edição extra. Como os exemplares deste tipo de número deveriam estar à venda na segunda-feira, o material da revista especial estava praticamente fechado no domingo. Essa prática de duas edições para o mesmo assunto acontece principalmente em coberturas esportivas e eleitorais, graças à grande chance de resultados distintos.
Partidos nanicos vão perder os privilégios
Essa eleição foi a última em que os partidos ficaram livres de ter que cumpri a cláusula de desempenho, mais conhecida como cláusula de barreira, prevista na Lei dos Partidos Políticos (9.096/95).
Segundo essa lei, a cláusula entrará em vigor em 2006 e atingirá em cheio os pequenos partidos. Na próxima eleição, os partidos nanicos só terão direito a funcionamento parlamentar (líder, gabinete de liderança e tempo para discursos) se obtiverem, no mínimo, 5% dos votos apurados nacionalmente, com o mínimo de 2% em pelo menos nove estados.
Se a regra já estivesse em vigor hoje, os nanicos não teriam representação parlamentar. Além disso, perderiam o direito ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV.
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10/11/2002
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