Roberto Cavalcanti aponta má gestão nos recursos do FGTS



Em pronunciamento nesta quarta-feira (22), o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) criticou a gestão dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ele salientou que, enquanto a inflação em 2005 ficou em 5,69%, a remuneração dos depósitos do FGTS foi de 5,96%, em forte contraste, conforme afirmou, com a evolução das taxas de administração da Caixa, que aumentaram 20% entre 2004 e 2005.

O parlamentar também criticou a remuneração obtida pela Caixa sobre o que obtiver na aplicação dos recursos do FGTS que fique acima da rentabilidade da poupança.

- Esse piso de remuneração, a poupança, é muito baixo, considerando-se as taxas de juros que os grandes aplicadores podem facilmente obter no Brasil - frisou o senador, acrescentando que, em 2004, a Caixa ganhou com essa taxa de desempenho R$152 milhões e, em 2005, R$ 223 milhões, configurando uma evolução de 45%.

Na sua avaliação, considerando-se que o trabalhador "mal conseguiu, no ano de 2005, obter remuneração suficiente para compensar a inflação, não é justo que a Caixa consiga amealhar uma rentabilidade tão expressiva a título de taxa de desempenho".

Roberto Cavalcanti criticou o Ministério do Trabalho e Emprego e a Caixa pela falta de transparência na apresentação dos resultados das aplicações dos recursos do fundo e acusou o conselho curador do FGTS de nãoexercer apropriadamente seu papel de canal na defesa dos interesses da sociedade.

- Nem mesmo o Relatório de Gestão do FGTS do exercício de 2005 foi divulgado nas páginas eletrônicas do ministério, o que denota o baixo nível de transparência desse órgão e da Caixa - reclamou.

Roberto Cavalcanti disse que a falta de informações atualizadas o levou a apresentar requerimento à Mesa pedindo esclarecimentos ao Ministro da Fazenda e à Caixa sobre o assunto.



22/11/2006

Agência Senado


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