Sarney e líderes não querem convocação extraordinária
Os líderes partidários no Senado reagiram negativamente a uma possível convocação extraordinária do Congresso Nacional pelo presidente da República. O presidente José Sarney, por intermédio de sua assessoria, também disse não apoiar a idéia. O que é quase certo que aconteça é a prorrogação dos trabalhos legislativos por mais uma semana para que seja votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como determina a Constituição.
- O recesso parlamentar está na Constituição e não aceitaremos qualquer mudança. Não há nenhuma razão para isso. O máximo que iremos aceitar será uma prorrogação suficiente para que votemos a LDO - disse o líder do PFL, senador José Agripino (RN).
O presidente Sarney e a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), acreditam que nessa prorrogação também possam ser votados outros itens importantes, como a proposta de emenda à Constituição que reduz o número de vereadores, a Lei de Falências, as parcerias público-privadas (PPPs) e a reforma do Judiciário.
Ideli Salvatti disse que seria absurdo convocar o Congresso e pagar por isso aos parlamentares, frisando que -o povo brasileiro não aceitaria isso-. O senador José Agripino disse que mesmo os itens mais importantes da pauta do Senado podem ter a votação concluída depois do recesso, sem nenhum problema. A reforma do Judiciário, por exemplo, pode ter a sua votação iniciada agora e concluída depois do recesso, disse o senador.
24/06/2004
Agência Senado
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