SATURNINO QUER MANTER COOPERATIVAS DE CRÉDITO
- Foi uma decisão infeliz, que somente pode ser explicada pela lógica do grande capital. O BC é submisso ao sistema financeiro internacional e aos bancos de porte, acreditando que somente o grande é bom. Mas a Comissão Especial do Senado para Erradicação da Pobreza identificou, justamente no microcrédito, uma das ferramentas mais eficientes para promover distribuição de renda e desenvolvimento regional - advertiu.
De acordo com Saturnino, são 13 cooperativas abertas, sediadas em pequenas cidades do interior, atendendo a 250 mil cooperados com créditos entre R$ 1 mil e R$ 10 mil. "A inadimplência é baixa porque os clientes são conhecidos dos gestores. Esse tipo de cooperativa não é corporativista, atende a qualquer microempresário ou agricultor que precise de crédito, por isso sua ação é exemplar para dinamizar a economia de pequenos municípios, onde nem banco comercial há", salientou.
O senador citou a cooperativa de Mendes, no Vale do Paraíba (RJ) como uma das mais dinâmicas do país. A comunidade local, informou Saturnino, está inconformada e organizando protestos, desde que a imprensa divulgou a decisão do BC de extinguir esse tipo de associação não-governamental.
Em aparte, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) criticou a decisão do BC e sugeriu que o BNDES entregasse uma fatia de seus recursos a essas cooperativas abertas, para promover a descentralização de verbas e a interiorização do desenvolvimento. Também em aparte, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) elogiou a idéia.
08/02/2000
Agência Senado
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