SEBASTIÃO ROCHA SOLIDARIZA-SE COM REIVINDICAÇÕES DOS TRABALHADORES



Para o senador Sebastião Rocha (PDT/AP) nesse 1º de Maio milhões de famílias brasileiras trabalharam a dor da expulsão da terra, do desemprego, dos filhos que não podem prosseguir os estudos, das filhas entregues à prostituição, das crianças que povoam as ruas, dos que vivem embaixo dos viadutos.

Para Rocha, uma das principais causas da situação grave pela qual o país passa é a falta de uma política regional de planejamento, principalmente na área de transportes, o que impossibilita o desenvolvimento de municípios, estados e da economia em geral.

O senador destaca que este foi um 1º de maio sem festas, sem luta e rende uma homenagem aos trabalhadores. "Estou solidário com as reivindicações do trabalhador brasileiro", disse hoje (05) em discurso no plenário.

- Só teremos um país justo com a garantia de condições mínimas de dignidade e respeito para a classe trabalhadora - disse Sebastião Rocha, destacando os protestos contra o salário mínimo de R$ 130 e a insatisfação pelos crescentes índices de desemprego marcaram a data.

O senador informou que o desemprego atingiu no mês passado o índice de 8,18%, o mais elevado desde o final do período militar. Sebastião Rocha lembrou ainda que, comparado aos salários mínimos de outros países do Mercosul, o Brasil tem o menor, apesar de ser o país mais desenvolvido economicamente. Ele lembrou que o artigo 6º da Constituição brasileira indica que o salário mínimo precisa ser capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador.

Sebastião Rocha vê um virtual esgotamento do modelo adotado pelo governo federal para conseguir a estabilização econômica. Um exemplo disso, afirmou o senador, são os juros de R$ 30 milhões pagos pelo setor público de junho de 1996 a maio de 1997. "O governo federal está sendo vítima de sua própria política de juros altos para conter a inflação", acredita.

Ele traçou um histórico do Dia do Trabalho, observando que a primeira tentativa de comemorar a data no Brasil, em 1893, resultou em violenta repressão policial. Em 1895 a data passou a ser festejada; em 1938 o governo de Getúlio Vargas institucionalizou a comemoração e o 1º de Maio tornou-se feriado nacional em 1949.



05/05/1998

Agência Senado


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