SEGUNDO TURNO É "SEGURO" CONTRA RISCOS, DIZ SERRA
O senador José Serra (PSDB-SP) considerou hoje (dia 21) que o 2º turno é um "seguro democrático" contra os riscos de um governo eleito sem maioria. Em sua opinião, a experiência brasileira de eleições com esse mecanismo é muito curta para se tirar a conclusão de que ele incentiva, por exemplo, a pulverização partidária.
- É muito precipitado querer alterar a Constituição no que se refere ao 2º turno, pois ele foi aplicado apenas duas vezes em cada esfera de governo. Estão atribuindo a ele defeitos que são, na verdade, da atual legislação político-eleitoral - frisou.
De acordo com José Serra, o 2º turno não aumenta a corrupção devido a negociação de apoios dos candidatos derrotados no 1º turno. "Está ficando claro que é muito difícil que as lideranças e os partidos transfiram votos, portanto o preço desses apoios vai diminuir ao longo do tempo", assinalou.
- Argumentar que o 2º turno não altera o resultado do 1º turno também é inconsistente. Primeiro, porque já houve casos em que houve mudanças e, mesmo que isso não ocorresse, não significa que o 2º turno não deve existir, pois ele permite que a vontade majoritária seja respeitada. Se houvesse 2º turno na eleição no Chile, em 1970, não teria havido a ditadura de Pinochet - ponderou José Serra.
21/10/1997
Agência Senado
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