SENADO AUMENTA PRAZO PARA ANTECIPAÇÃO DE ROYALTIES



O Senado aprovou nesta quinta-feira (dia 9) projeto que altera a Resolução 78/98 e permite às administrações estaduais obter do governo federal a antecipação de receitas de royalties em prazo superior ao período de governo. De acordo com o projeto, o dinheiro só poderá ser usado para capitalização dos fundos de pensão de servidores públicos ou pagamento de dívidas junto à União. O projeto, dos senadores Ricardo Santos (PSDB-ES) e Gerson Camata (PMDB-ES), tramitou em regime de urgência, depois de aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com parecer favorável do senador Osmar Dias (PSDB-PR).

O projeto de resolução aprovado vai permitir que todos os estados que se enquadrem nos requisitos poderão utilizar as novas regras, embora o objetivo inicial dos autores fosse atender ao Espírito Santo. O senador Ricardo Santos explicou que a intenção era corrigir uma situação prejudicial ao seu estado. Com a mudança, o Espírito Santo solucionará de maneira definitiva o problema do déficit previdenciário.

O senador Gerson Camata (PMDB-ES) lembrou a importância de que se amarre a liberação antecipada dos royalties ao pagamento de dívidas com a União e à capitalização dos fundos de pensão. O senador Osmar Dias (PSDB-PR) também destacou este ponto. Ele era contrário à antecipação na forma em que foi feita em outros estados, que considera "irresponsável", porque o dinheiro vinha sendo usado para pagar a folha de pagamento.

Para o senador Paulo Hartung (PPS-ES), a aprovação vai corrigir uma injustiça com o Espírito Santo, porque estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná obtiveram antecipação de royalties com autorização do Senado. A líder do Bloco Oposição, senadora Heloísa Helena (PT-AL), votou contra, porque considera que as futuras administrações serão prejudicadas.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) perguntou se os royalties não poderão ser usados para pagar inativos, o que desvirtuaria o objetivo de capitalização dos fundos de pensão. O senador Paulo Hartung afirmou que a qualidade de gestão do fundo é que determinará o equilíbrio do processo no futuro. O senador Roberto Freire (PPS-PE) disse que o Senado errou ao permitir a antecipação para além dos mandatos dos governantes, mas acha que, se outros estados receberam, o Espírito Santo não poderia ser prejudicado.

09/11/2000

Agência Senado


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