SENADO DEVOLVE À CRE PROTOCOLO SOBRE MERCOSUL
No momento em que o plenário ia votar o projeto, o senador Bernardo Cabral leu requerimento alertando que o protocolo em exame invadia a competência do Conselho de Defesa Econômica (Cade). O texto dizia que, se aprovado, o protocolo deslocaria a competência do Cade no julgamento de processos de concorrência para a Comissão de Comércio dos ministérios das Relações Exteriores dos quatros países do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. .
Foi quando Gerson Camata pediu uma reflexão mais profunda dos senadores sobre as regras vigentes no Mercosul. Ele explicou que, enquanto a balança brasileira está cada vez mais deficitária, os outros países-membros estão superavitários. "O Brasil está reduzindo os empregos aqui e multiplicando-os na Argentina, Uruguai e Paraguai", afirmou o parlamentar, acrescentando que, com as restrições impostas aos sapatos brasileiros, a Argentina rachou o Mercosul. .
Também disse que o leite importado pelo Brasil está destroçando a produção nacional. "A Argentina está trazendo leite subsidiado do Mercado Comum Europeu e empurrando-o para o Brasil", afirmou ainda Camata. Ele quer um exame mais cuidadoso desse protocolo, assim como uma manifestação do Banco Central sobre as divisas que o Brasil está perdendo nesse acordo de livre comércio. .
O sendor Arlindo Porto (PTB-MG) também argumentou que o Brasil não pode continuar perdendo espaço nesse mercado. "Enquanto estiver beneficiando apenas um lado, não é um bom acordo", sustentou ele.
26/10/1999
Agência Senado
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