Senado expõe documentos raros na Bienal do Ceará



Em 1848, o senador pela província de Minas Gerais, Antônio Paulino Limpo de Abreu, o Visconde de Abaeté (1798-1833), encaminhou ofício a José Martiniano de Alencar informando que, por decreto imperial, estava assumindo o cargo de ministro e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda. José Martiniano é o pai do escritor cearense José de Alencar, autor de obras como Lucíola, A Pata da Gazela, Senhora, O Guarani, Iracema e O Tronco do Ipê. Este documento será exibido no estande do Senado na Bienal Internacional do Livro do Ceará. Outros documentos da época do Império estarão em exposição na Bienal. Um deles é o ofício da tesouraria da Fazenda cearense, datado de 25 de agosto de 1884, enviando ao 1º secretário do Senado o quadro demonstrativo do café exportado pela alfândega da província do Ceará. Também estará à disposição do público o parecer da Comissão de Estatística do Senado referente à representação contra as disposições da Câmara dos Deputados que alterou os limites territoriais das províncias do Ceará e do Piauí. O documento é datado de 1883.

A Lei Áurea, que acabou com a escravidão no Brasil, é outro documento raro que o Senado mostrará em Fortaleza. A Abolição foi fruto de um importante movimento social e político ocorrido entre 1870 e 1888. O Ceará teve papel destacado no episódio, já que antecipou-se em quatro anos à assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel e decretou o fim da escravidão em seu território em 1884.

O Senado expõe ainda na Bienal Internacional do Livro do Ceará documentos como o termo de posse e o diploma de eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as cartas de renúncia dos presidentes Fernando Collor de Mello e Jânio Quadros.

› Veja aqui a íntegra da Lei Áurea



27/08/2004

Agência Senado


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