SENADO VOTA DIA 13 PROJETO QUE PROÍBE INTERMEDIAÇÃO DE VERBAS



Projeto de lei do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que proíbe a contratação de pessoas ou empresas para intermediação ou "assessoramento" na liberação de verbas públicas será votado no próximo dia 13 pelo plenário.

Suplicy argumenta que a CPI do Orçamento constatou na época a existência de empresas contratadas por estados e municípios para "assessoramento" cujo objetivo era a liberação de verbas federais ou estaduais. A CPI, conforme o senador, obteve informações que apontavam autoridades como possíveis beneficiárias de parte do dinheiro conseguido por tais "assessorias".

- Ainda mais recentemente chegou ao conhecimento desta Casa a existência de determinada empresa que se dispõe, mediante a assinatura de um prosaico contrato, a envidar esforços para obter, em favor de municípios, recursos do FNDE, da merenda escolar, do Programa do Leite etc, cobrando por seus serviços nada menos que 30% do valor conseguido - afirma Suplicy na justificação do projeto .

A proposição original de Suplicy, um projeto de lei ordinária, foi alterada para projeto de lei complementar pelo relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador José Fogaça (PMDB-RS), sem mudar a essência da iniciativa. O projeto substitutivo de Fogaça afirma que a "assessoria" ou intermediação se aplica a qualquer órgão de governo, incluindo fundações e empresas públicas.



01/08/1997

Agência Senado


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