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Há quem defenda até adotar um esquema de rodízio para garantir o quórum e promover votações a cada semana. Foi o que sugeriu o senador Demostenes Torres (DEM-GO), um dos parlamentares que comentaram o assunto nesta quarta-feira (6).

- Aqui na Casa, alguns foram reeleitos e outros derrotados. Então, poderíamos fazer um rodízio com o mínimo de doze senadores a cada semana, para votar ao menos os projetos terminativos, tanto na CCJ como nas demais comissões - propôs Demostenes.

Ainda na avaliação do senador, que também preside a CCJ, com tantos senadores (81) seria possível a Casa funcionar "com toda tranquilidade" até 31 de outubro. No entanto, lamentou o parlamentar, muitos estão com a atenção apenas na eleição presidencial.

- Isso acaba mostrando uma fragilidade de nosso Poder. Nós somos independentes ou não? - questionou.

Para o vice-lider do PT, senador Eduardo Suplicy (SP), manter uma agenda semanal de votações é importante tanto para o governo como para a oposição. Ele defende a realização de sessões deliberativas pelo menos nas terças e quartas-feiras. Como alternativa para a conciliação dos trabalhos da Casa com as campanhas nessa nova fase, Suplicy defende a antecipação para quarta-feira de atividades normalmente realizadas na quinta - caso das reuniões da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), como já ocorreu nesta quarta-feira.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) concorda que é necessário entendimento para que o Senado e todo o Congresso afastem o risco de paralisia durante o mês outubro. Ele manifestou a sua expectativa de um acordo com os governistas para que sejam realizadas sessões deliberativas em Plenário nas quartas-feiras.

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