Senadores querem informações sobre gastos com bancos sob intervenção
O Senado quer saber quanto o Banco Central gasta mensalmente com instituições financeiras em processo de liquidação extrajudicial. Em reunião realizada nesta terça-feira (5), a Subcomissão Temporária de Liquidação de Instituições Financeiras aprovou requerimento dos senadores Edison Lobão (PFL-MA) e Rodolfo Tourinho (PFL-BA) endereçando este e outros oito questionamentos ao presidente do BC, Henrique Meirelles.
Os senadores querem saber com exatidão a quantidade de instituições em liquidação - estima-se que sejam cerca de 100 - e o tempo que cada uma delas encontra-se sob este regime. O requerimento solicita informações sobre o custo da administração dos principais bancos quebrados: Nacional, Bamerindus, Econômico, Mercantil de Pernambuco e Banorte.
Outra esclarecimento é sobre os poderes dos liquidantes nomeados pelo Banco Central, se eles têm poderes para contratar funcionários e a quem eles se reportam por seus atos.
A subcomissão decidiu ouvir, a partir do próximo dia 19, representantes das principais instituições, a começar pelo Banco Mercantil de Pernambuco. Em seguida serão ouvidos os representantes do Econômico, Nacional e Bamerindus.
- Há hoje quase uma centena de instituições em regime de liquidação extrajudicial, geridas por liquidantes nomeados pelo Banco Central, em um processo que tem consumido recursos vultosos do Tesouro Nacional em pagamento de juros. A título de exemplo, só o Banco Econômico demanda atualmente aportes de quase R$1 bilhão por ano. A partir de 2005, a massa do Banco Nacional receberá aportes de R$1,2 bilhão - afirmou o senador Aelton Freitas (PL-MG), presidente da subcomissão.
Aelton disse que o papel do Senado Federal será recomendar ao Banco Central medidas que possam conferir maior transparência à gestão das massas das instituições sob liquidação. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também deverá vir ao Senado para tratar especificamente das liquidações extrajudiciais, informou Aelton Freitas.
05/10/2004
Agência Senado
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