Serra vai à televisão no horário do PMDB









Serra vai à televisão no horário do PMDB
Temer, presidente do PMDB, troca o programa do partido, em março, pelo do PSDB, que iria ao ar em maio.

Defensores da candidatura própria do PMDB à Presidência pretendem barrar a decisão do presidente nacional do partido, deputado Michel Temer, de trocar com o PSDB o calendário do horário eleitoral gratuito. Temer não consultou a Executiva, nem o Diretório do partido para tomar a decisão.

Os programas do PMDB iriam ao ar no início de março e os do PSDB, só em maio. Feito o acordo, o candidato do PSDB, ministro da Saúde, José Serra, teria espaço na TV quase dois meses antes do data garantida aos tucanos. Oficialmente, o PMDB terá candidato próprio, como já se decidiu em convenção. Mas Temer, assim como os outros integrantes da cúpula do partido, mantém contato permanente com Serra.
Uma consulta formal assinada pelos presidentes dos dois partidos - Temer e José Aníbal - está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e deve ser respondida no início desta semana.

Pré-candidato à Presidência, o senador Pedro Simon decidiu mobilizar deputados peemedebistas para questionar no diretório nacional a decisão de Temer. O líder do PMDB na Câmara Geddel Vieira Lima, que é favorável ao acordo, confirma que não houve consulta prévia à executiva ou ao diretório do partido.

Serra, que passou o final de semana em São Paulo, se recuperando de uma pequena cirurgia feita na noite de quinta-feira - um quisto da cabeça -, queria aproveitar o tempo para encaminhar contatos com o publicitário Nizan Guanaes, hoje responsável pelos programas de TV da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL). Nizan tem contrato com o PFL até o fim de janeiro, quando termina de gravar a série de Roseana.
Embora Serra e Nizan tenham uma relação pouco amigável, o ministro está insistindo na contratação do publicitário. Se for possível, gostaria de ter Nizan e o amigo Nelson Biondi em sua campanha.

A pressa do ministro em definir o nome do marqueteiro se explica pela tentativa de troca com o PMDB do calendário das inserções partidárias na mídia eletrônica.

Nesta semana também, na quinta ou sexta-feira, Serra deverá reunir, pela primeira vez, o conselho político de sua campanha. Aliados do ministro estão preocupados em organizar a estrutura do comitê eleitoral e a agenda do candidato. "Não é hora de salamaleque. Não podemos perder tempo com bobagens", diz um importante tucano.


PT fixa data para lançar programa
O PT lança oficialmente, em maio, seu programa de governo para a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto. Até lá, suas diversas correntes tentam influenciar o partido na direção de maior ou menor radicalismo. Do XII Encontro Nacional do Recife saiu longo arrazoado de 77 capítulos sobre diretrizes de um plano de ação do partido para o Brasil, concebido para contentar as diferentes alas. O documento em preparo será mais enxuto e moderado.

Um dos formuladores do programa é o deputado Aloizio Mercadante. Ele disse que o objetivo é ampliar a preocupação puramente monetária e fiscal para o crescimento da economia e combate à pobreza, deixando de ter a preservação da estabilidade como tecla única, a exemplo dos dois mandatos de Fernando Henrique.
O PT quer trazer de volta ao governo o papel de orientador do crescimento, mas abandonando o viés nacional-desenvolvimentista da época dos governos autocráticos, ancorado em estatais, endividamento externo e concentração de renda. A meta será priorizar o consumo de massa, com maior inserção dos mais pobres.


Saem primeiros laudos sobre morte de prefeito
O Instituto de Criminalística de São Paulo deve começar a divulgar hoje à tarde os resultados de exames que podem dar novo rumo às investigações do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, do PT.
O instituto está analisando amostras de terra encontradas num cativeiro em Embu, na Grande São Paulo, e confrontando com a que foi recolhida dos sapatos do prefeito. Também vai comparar as duas amostras com o solo do local onde o corpo de Daniel foi encontrado.

A polícia tem informações de que esse cativeiro, descoberto na noite da sexta-feira, é a casa de Cleiton Gomes de Souza, acusado de ser um dos homens que usaram um helicóptero para resgatar, no último dia 17, dois detentos do presídio de segurança máxima de Guarulhos, também na Grande São Paulo.
No local foram encontrados um Santana azul, semelhante a um dos carros usados pelos sequestradores de Celso Daniel, um envelope com o logotipo do restaurante Rubayat, onde o prefeito jantou na noite do crime, e pedaços de um tecido bege, cor da calça que Daniel usava na ocasião.

No porta-malas do Santana, que pertence ao irmão de Souza, foram achados fios de cabelo grisalho, como os de Celso Daniel.

Se os exames indicarem que a terra encontrada nos sapatos dele é semelhante à recolhida no cativeiro ou que os fios de cabelo no carro são do prefeito morto, a possibilidade de o assassinato ter sido um crime político – ainda defendida pela cúpula do PT – fica mais enfraquecida.

Além do Santana, a perícia também está analisando duas Blazers que foram encontradas queimadas na semana passada.

Hoje a Polícia Federal voltou ao prédio onde Celso Daniel morava, em Santo André, para ouvir o zelador do edifício. Os agentes não chegaram a entrar no apartamento, disse Greenhalgh. Na quinta-feira passada, a Polícia Federal realizou uma busca no apartamento do prefeito morto sem a presença de familiares dele e, por isso, foi criticada pela cúpula petista.


Produção dos brasileiros cresce, mas rendimento cai
Cálculos mostram que PIB per capita melhorou em 2001, mas o rendimento dos trabalhadores ficou menor.

Os indicadores econômicos apontam para uma melhoria na renda média do brasileiro em 2001. Cálculos da empresa de consultoria econômica Tendências, de São Paulo, projetam um Produto Interno Bruto (PIB) per capita, no ano passado, de R$ 7.143, valor corrente superior ao PIB per capita de R$ 6.425, registrado em 2000.

Este crescimento pode refletir na qualidade de vida dos brasileiros. Mas não dá para dizer que ficamos mais ricos, já que a parcela da produção interna, atribuída a cada brasileiro, na prática, não está distribuída igualmente. Assim, embora o PIB tenha crescido, a renda do trabalhador caiu.

Os segmentos relacionados com importação e exportação sentiram uma melhora no ano passado. Marinalva Guimarães, sócia-proprietária da Kentura, empresa brasiliense especialista em moda praia, não tem do que se queixar. No ano passado, ela conseguiu aumentar em 70% o seu volume de exportação em comparação com 2000 – o total passou de US$ 100 mil para US$ 170 mil. "Isto demonstra a credibilidade do nosso produto lá fora", explica Marinalva.

Exportando mais, sua empresa aumentou a produção em até 15% no ano passado e fez investimentos internos. Foi necessária ainda a ampliação do quadro de pessoal – a empresa passou de 32 para 45 funcionários e, este mês, vai contratar mais. "Fechamos um contrato de exportação para os Estados Unidos que nos exigiu a contratação de 16 costureiras", explica Luiz Guimarães, sócio da Kentura.

Luiz e Marinalva estão entre os brasileiros que tiveram um aumento de renda no ano passado. O cabeleireiro Antônio Borges dos Santos, ao contrário, sentiu uma piora em seus negócios em 2001. "Foi péssimo. A concorrência aumentou muito", assegura. Antônio, que tem um salão no Guará II, teve de baixar o preço do corte do cabelo de R$ 7 para R$ 5 para garantir o sustento da família no final do mês.

Ele está entre os brasileiros que tiveram sua qualidade de vida piorada nos últimos anos. "Lá em casa, cortamos 20% d os gastos. Viajar para o Piauí e Maranhão, onde mora a família, nem pensar. Para a primeira filha foi possível pagar colégio particular, mas os outros dois filhos estão em escola pública", exemplifica o cabeleireiro.

A renda per capita do brasileiro é resultado do PIB sobre o tamanho da população. A Tendências calculou a renda média de 2001 com base no crescimento de 2%, projetado para o PIB, e de 1,3% da população no ano passado. Os dados oficiais ainda não estão prontos, mas as primeiras indicações apontam no mesmo sentido.

Queda foi de 3,4%, aponta o IBGE
O assalariado não tem o que comemorar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a novembro de 2001 o rendimento médio do trabalhador brasileiro caiu 3,4% sobre o mesmo período anterior. "Os ganhos do Plano Real estão sendo devolvidos", ressalta o consultor econômico Raul Velloso.
O rendimento médio está relacionado a salários. Já o PIB per capita considera toda a produção do País. Em dólar, esta renda per capita caiu em 2001, ainda de acordo com a empresa Tendências, teve uma redução no ano passado. No começo do ano passado, este valor era US$ 3.512 e, no final de 2001 caiu de US$ 3.011.
"Esta queda não reflete o padrão de vida do brasileiro, pois o consumo não é todo relacionado ao dólar", explica Raul Velloso. Para os economistas da Tendências, a redução do PIB per capita, em dólar, deve ser explicada pela variação cambial registrada no ano passado.

Para o economista Roberto Piscitelli, vice-presidente do Conselho Regional de Economia, a queda do PIB per capita em dólar demonstra que ficamos mais pobres em relação ao resto do mundo. Na prática, o brasileiro teve mais dificuldade de ter acesso ao dólar. Ficou mais difícil, por exemplo, viajar para o exterior no ano passado.

Para este ano, a Tendências está projetando um PIB per capita de R$ 7.700, considerando um aumento de 2,5% do PIB e de 1,3% da população. A renda média em dólar deve fechar o ano em US$ 2.878.


Empresas do DF faturam mais
Muitas empresas do Distrito Federal já estão com a maioria de sua produção seguindo para o mercado internacional

O setor de vestuário do DF teve um aumento na produção, no ano passado, de 20% em comparação com 2000. A boa performance do setor se deve, também, às exportações. Países como Itália, Estados Unidos e Espanha já conhecem a linha praia do DF.

No ano passado, o setor exportou US$ 250 mil. Para viabilizar melhor a exportação, 15 microempresas do DF formaram um consórcio. A iniciativa deu certo e vôos mais altos devem ser alçados este ano. "Queremos dobrar o valor exportado no ano passado. Estamos abrindo o leque do mercado internacional. Este ano, vamos participar de seis feiras internacionais, três na Europa e a outra metade nos Estados Unidos", revela Walquíria Pereira Aires, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brasília e do Consórcio de exportação Flor Brasil.

Ela diz que a alta do dólar, no ano passado, foi positiva para a exportação. "Mas o ponto principal é a globalização. Nos dias atuais, o empresário tem de melhorar seu produto para ser altamente competitivo inclusive no mercado externo", ressalta Walquíria.

E, no DF, muitas empresas já estão com maioria de sua produção seguindo para o mercado internacional. É o caso da Kentura. A empresa exporta 65% do que produz. Luiz e Marinalva Guimarães, donos da Kentura, garantem não abrir mão da exportação, embora tenham montado, recentemente, uma loja em Porto Seguro (BA), para também ampliar o mercado interno.

A linha praia da Kentura chega a países como Espanha, Estados Unidos, Costa Rica, Venezuela e Espanha. "Exportamos há três anos. A iniciativa surgiu porque a inadimplência estava alta, à época", diz Marinalva.
A Kentura é a maior exportadora de linha praia do DF. Para os microempresários que consideram a exportação um caminho distante, como sendo distante, a dica de Marinalva: "Tendo um produto bom, vende. Para isto, é preciso fazer investimentos.”


Montadoras demais para o mercado
Montadoras instaladas na América do Sul concentram o maior índice de ociosidade em relação à utilização da capacidade produtiva, perdendo inclusive para a África e Oriente Médio no segmento de automóveis e comerciais leves.

A região foi uma das que mais recebeu investimentos em novas fábricas, boa parte direcionados ao Brasil. Como o crescimento nas vendas ficou abaixo do esperado, as montadoras estão operando com metade da capacidade instalada. A indústria automobilística brasileira intensificará esforços para ampliar as exportações e reduzir o ócio nas suas fábricas, atualmente na casa dos 45%.

Estudo da consultoria Booz Allen & Hamilton mostra que as empresas da América do Sul operam com 51% de sua capacidade, enquanto na África e Oriente Médio o índice é de 57%. Na Ásia, a utilização é de 64% e na Europa e América do Norte é de 72% e 79%.

As montadoras do Brasil, que nos últimos anos investiram mais de US$ 20 bilhões em modernização e novas instalações, têm capacidade para produzir 3,2 milhões de veículos, mas em 2001 só fabricaram 1,78 milhão, incluindo caminhões e ônibus.


Artigos

A multiplicação dos Euricos
João Pitella Júnior

Expulsar o Roberto Dinamite do estádio do Vasco é, talvez, até pior do que despejar o Papai Noel do Pólo Norte. Mas, como já dizia a Lei de Murphy, "de onde menos se espera é que não sai nada mesmo" – o Eurico Miranda, assim como os ministros da área econômica, nunca fez questão de ser um cara bonzinho.

O mais grave, meu amigo, é que o Eurico do Vasco não é o único Eurico do futebol brasileiro. Graças à popularização da clonagem, os Euricos estão se multiplicando e tomando conta de outros clubes. E isso acontece, muitas vezes, de uma forma tão discreta que a imprensa nacional nem percebe. Alguns Euricos chegam a ser elogiados, paparicados, elevados à categoria de "gênios da administração esportiva". Mas, lá no fundo da alma, eles são Euricos legítimos, de carteirinha e tudo.

Veja alguns exemplos. O glorioso presidente do Fluminense, que nem merece ter o nome citado aqui, sempre aparece na mídia como o homem que saneou as finanças do clube e, pasmem, até paga os salários em dia! Contudo, ninguém se lembra de dizer que, para conseguir isso, ele ignorou as dívidas com ex-funcionários.
É o caso do Renato Gaúcho, que, além de ter sido o maior ídolo do time nos últimos anos, ainda tirava dinheiro do bolso para garantir os vencimentos dos colegas. Renato saiu do Flu há cinco anos, e até agora não recebeu a devida grana.

Imagine, meu caro leitor, o que aconteceria se você resolvesse copiar essa brilhante estratégia para "sanear" as suas finanças e sair do cheque especial. Nada de pagar as dívidas "do passado", como diz o nobre presidente tricolor. Nada de esquentar a cabeça com a prestação da casa própria, ou com o crediário da loja. Vamos pensar só no presente e no futuro! Nem é preciso dizer que você seria preso, na melhor das hipóteses.
No Flamengo, um Eurico qualquer mandou embora o Romário – que foi o artilheiro com a maior média de gols na história do clube – porque ele tinha ido a uma festinha. No lugar dele, colocaram Alex, Denílson, Reinaldo, Roma e outros "atacantes" que só deram alegrias aos adversários.

Lá em São Paulo, o Marcelinho, que conquistou todos os títulos recentes do Corinthians, foi enxotado porque um Eurico de terno e gravata, disfarçado de técnico, não ia com a cara do rapaz.

O resultado de tudo isso é que os jogadores, hoje em dia, não querem mais saber do tal "amor à camisa", pois sabem que a gratidão não existe. É assim que os times vão sendo destruídos, e fica muito mais di fícil montar uma boa seleção brasileira. O povo, coitado, perde uma das suas poucas alegrias. Ah, e você quer saber de uma coisa? O Eurico de verdade pelo menos ganha mais títulos do que esses clones fajutos.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Adoção, tema de campanha
Pela primeira vez desde Juscelino Kubitschek, o Brasil pode ter presidente com filhos adotivos: o candidato do PSB, Anthony Garotinho, tem cinco. E Rafaela, a filha adotada da pefelista Roseana Sarney, até já deu dois netos à governadora. O assunto será explorado nas duas campanhas: tanto Garotinho quanto Roseana acreditam na adoção como alternativa para a inclusão social de milhões de crianças carentes.

Soberania ferida
O respeitado Clube de Engenharia, do Rio, analisou detidamente o Acordo Brasil-Estados Unidos, para a Base de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, e concluiu que a soberania nacional é seriamente atingida. Entre outros motivos, porque viabiliza uma base militar americana em território brasileiro. A posição do Clube será levada ao Congresso.

Falta o diploma
Petistas espalham que o tucano José Serra não tem curso superior, só para mostrar que Lula não é caso único entre os presidenciáveis. Mas Serra estudou Engenharia quatro anos e fez mestrado e doutorado em Economia. Aliás, ao contrário do questionado “doutorado” que o petista Cristovam Buarque teria feito na França, os títulos de Serra são quentes.

Salve-se quem puder
Pelo sim, pelo não, o Ministério da Justiça se garante: renovou mais uma vez, e sem licitação, o contrato com uma empresa de segurança, a Sitran. Pagará R$ 1.858.834,68 entre janeiro e dezembro deste ano.

Idéia inútil
Em vez de simplesmente extinguir os celulares pré-pagos, o governo poderia só permitir que os bandidos usem esse tipo de telefone com secretária eletrônica, onde deixariam nome completo, filiação e endereço para que possam ser contatados.

Cadeia para todos
A única solução contra a criminalidade é deixar os bandidos na rua e colocar a população na cadeia. De segurança máxima.

McPreju
O faturamento mundial da McDonald's caiu de US$ 452 milhões para US$ 271,9 milhões, devido à recessão e ao medo da vaca louca. Em 2001, as vendas caíram na América Latina. Lucraram 2% com a abertura de novas lojas e franquias, que já são 29 mil no planeta. Crescem queixas sobre limpeza e atendimento. E vão reduzir o menu.

O que eles dizem
Manifesto dos militares do Grupo Guararapes na internet pede “pelo amor de Deus, salvem o Brasil”. Adverte que “marchamos pelo mesmo caminho da Argentina” e que “tudo pode acontecer” quando Tasso e o ministro da Justiça falam ‘molecagem’ diante de um impassível FhC.

Perrengue mineiro
Com as estradas que tem, Minas não poderia cobrar mais que o dobro do IPVA de Santa Catarina. E ainda incluir taxa no formulário fornecido na internet. O Detran só aceita pagamento em dinheiro, o que levou um leitor a sugerir o fim da via-crúcis brasileira: eliminar todos os cheques e cartões, dificultando os seqüestros-relâmpago e esvaziando os bancos.

Pensando bem...
...no Afeganistão, o ópio é o ópio do povo.

Crime passional
No gabinete do ministro da Saúde, ninguém tem dúvida, nem mesmo o chefe: o prefeito de Santo André foi vítima de crime passional. E os hábitos sexuais da vítima ainda vão animar o noticiário escandaloso.

Procurando, acha
Começou mal o concurso para procurador federal, promovido pela Advocacia Geral da União. Os serviços técnicos de realização e organização do concurso foram contratados sem licitação.

Antes que acabe
A ONG Coalizão Rios Vivos promove no II Fórum Mundial Social a conferência “Água, um bem comum”, discutindo propostas que garantam o acesso de todos à água potável e seu reconhecimento público como patrimônio universal da humanidade e da vida. Na pauta também, a exploração ilegítima e o combate à privatização das fontes.

Receita do desastre
Durante a gestão “Enron” na Petrobras, Henri Reichstul cancelou três meses antes os contratos da Marítima, poupando-a de multas pesadas por inadimplência, e arriscando a Petrovaza num processo, com chances de indenização. Na CPI da Alerj, Reichstul alegou “excessiva concentração de contratos” para a (des) medida. Mas a Falcon ganhou seis, três deles intermediados pela Interoil.

Aqui no ensino
Não precisa ser analfabeto. A Universidade de Aquino Bolívia, em Cochabamba, oferece curso de Medicina sem vestibular e baratinho. Basta ter o ensino médio, aprender espanhol e aguardar a validação do diploma em três anos, quando a Associação de Universidades Privadas do Mercosul será reconhecida aqui, lá e acolá. Lá estão 1.500 brasileiros.

Poder sem Pudor

Anfitrião indesejável
A campanha “Diretas, Já” tomava conta do Brasil, e o Congresso se preparava para votar a emenda restabelecendo o direito de os brasileiros elegerem o presidente. Entre os governistas havia uma certeza: se fosse aprovada, na prática seria antecipado o fim do governo do general João Figueiredo. Um deputado encontrou o senador mineiro Magalhães Pinto:
– O sr. acha que a emenda Dante de Oliveira passa?
– Passa não, meu filho, passa não. Você acha que o governo vai querer ser hóspede de seu adversário?


Editorial

REIVINDICAÇÃO ABSURDA

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do DF quer mover uma ação contra o GDF em fevereiro, quando terminam as férias forenses, caso os preços das passagens de ônibus não tenham um reajuste imediato de 40%. O Sindicato alega que as empresas estão tendo prejuízo e que já operam no limite, apesar de estarem faturando bem mais desde que o preço do diesel, o combustível dos ônibus, caiu cerca de 5,3% nas distribuidoras.

Os ônibus do DF têm uma média de ocupação bem abaixo de cidades como o Rio e São Paulo, mas é difícil acreditar em prejuízo quando o que se vê são ônibus cheios a qualquer hora do dia. Além disso, empresas de ônibus trabalham com dinheiro vivo. Não recebem cheque, cartões de crédito ou vendem passagens a prazo. A não ser que essas empresas estejam muito desorganizadas, a exemplo do transporte coletivo da cidade, onde ônibus jamais cumprem os horários, prejuízo com transporte coletivo é coisa desconhecida em qualquer outro Estado brasileiro.

Caso as empresas consigam um aumento de 40%, o preço das passagens que ligam algumas cidades ao Plano Piloto passaria de R$ 2,00. Será que as empresas acreditam que a população tem dinheiro para bancar esse aumento? Isso não seria mais um estímulo ao crescimento do transporte pirata na cidade? O concreto é que a população de Brasília não suporta mais ser tão mal servida pelas empresas de ônibus. E suporta menos ainda essa tabelinha entre empresas de ônibus e Sindicato dos Rodoviários para forçar o governo a aumentar tarifas. Como o governo não quer aumentar as tarifas, ainda mais em tempo de queda do preço dos combustíveis, empresas e Sindicato respondem com péssimo serviço de transporte e greves eventuais, que prejudicam toda a cidade.


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01/28/2002


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