Simon defende empréstimo para o Rio Grande do Sul
Ao discursar na sessão do Senado, nesta sexta-feira (20), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou estar à espera do aval do Tesouro Nacional para a negociação de um empréstimo no valor de US$ 1,1 bilhão do Banco Mundial para o governo do Rio Grande do Sul. A operação de crédito tem como objetivo recompor a dívida externa do estado.
Simon afirmou, ao subir à tribuna pela primeira vez, às 10h36, que o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, prometeu-lhe, nesta manhã de sexta-feira, que o documento - uma mensagem presidencial tratando da autorização para a operação de crédito - seria enviado a tempo de ser lido durante a sessão plenária do Senado, condição indispensável para ter início a tramitação da matéria na Casa.
Simon explicou que, durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso o governo federal federalizou a dívida do Rio Grande do Sul, pagando aos credores externos e ficando como credor dessas dívidas. Segundo ele, na época isso foi vantajoso para o estado, porque os juros eram maiores no exterior do que no Brasil.
- Agora, a situação é diferente: estamos pagando dezoito por cento ao ano ao governo federal, mas o Banco Mundial pode cobrar a metade disso em seu empréstimo. Esse aval do Tesouro precisa chegar ainda hoje para a leitura em Plenário e início de sua tramitação na próxima semana - afirmou Simon.
Enquanto Simon discursava, a secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra, recebeu um email da procuradora geral adjunta substituta da Fazenda Nacional, Liana Veloso, informando que o documento em questão somente poderia ser encaminhado ao Senado depois das 13h desta sexta-feira. Isso porque "o Banco do Brasil precisa concluir a digitação da nova sistemática de pagamento, em razão das alterações nas condições financeiras do contrato".
Diante da situação, Simon e os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI) e Geovani Borges (PMDB-AP) decidiram manter aberta a sessão até a chegada do documento.
20/06/2008
Agência Senado
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