Simon pede ação conjunta para acabar com a violência no Rio




O senador Pedro Simon (PMDB-RS) apelou, nesta sexta-feira (26), à presidente eleita Dilma Rousseff para que vá ao Rio de Janeiro e se reúna com os comandantes das Forças Armadas e com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para que juntos encontrem uma forma de acabar com a violência no estado.

O senador também pediu a Cabral que mantenha a polícia nas favelas, para impedir que os criminosos retornem a elas. Como forma de conter a onda de ataques violentos na cidade, Simon sugeriu que os governadores dos demais estados enviem policiais para colaborar com o governo do Rio de Janeiro.

- Presidenta Dilma, dá uma chegadinha nesse fim de semana no Rio de Janeiro. Governador Cabral, não tire a policia da favela, não pare o plano de humanização da favela. O Brasil tem de ajudar e talvez transformemos essa hora trágica no inicio da pacificação do país - disse o senador.

Pedro Simon elogiou as ações de urbanização e humanização das favelas, realizadas pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, em parceria com o governador Sérgio Cabral e com o governo federal. Essas ações, observou, estão reduzindo a violência nessas localidades e fazendo com que a população volte a confiar na polícia, não ficando mais refém dos criminosos.

Realizações materiais e atenção à segurança, avaliou o senador, estão alterando a "fisionomia" das favelas e as transformando numa verdadeira cidade. Simon destacou ações como a criação de escolas em tempo integral, centros de atendimento médico, de prática de esporte e de lazer, construção e reconstrução de casas, e instalação de rede de água e esgoto.

UPPs

Em seu discurso, o parlamentar também elogiou a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas. Para o senador, governos anteriores realizavam operações pontuais e dispersas, com eventuais subidas ao morro, o que, muitas vezes, causavam a morte de inocentes e sem resultados na resolução dos problemas. Assim, disse, a população acabava confiando mais nos criminosos do tráfico de drogas e do jogo do bicho do que na polícia.

- Mudou. De repente, esse cidadão [o policial] é visto como o amigo dos homens da vila. Conversa, entra na casa. E os números mostram o resultado: diminuiu o número de crimes, diminuiu o número de mortes, diminuiu o número de violência, diminuiu o número do uso de drogas e do tráfico. Tudo isso diminuiu - ressaltou Simon.

Em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) apoiou mutirão entre as polícias estaduais brasileiras, a Polícia Federal e as Forças Armadas para ajudar a combater a violência no Rio de Janeiro. O senador também lembrou o papel do Parlamento para não permitir que os criminosos façam refém os moradores do Rio de Janeiro.

- Nós temos que fazer mutirão e, se precisar, recrutar novos militares, uma força nova para enfrentar o crime. Não é possível que o criminoso agrida o Estado brasileiro e fique impune. Não é possível que o criminoso agrida o Estado brasileiro e não haja reação! - disse Leomar Quintanilha.

Também em aparte, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) informou que o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) está recolhendo assinaturas para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a entrada armas e drogas no país. Para Crivella, as extensas fronteiras territoriais brasileiras não recebem policiamento adequado, o que favorece a atuação dos criminosos.



26/11/2010

Agência Senado


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