Soro antiofídico poderá ser vendido sob a forma liofilizada
Pelo menos 50% das doses de soro antiofídico para uso humano comercializadas ou distribuídas em todo o país deverão estar sob a forma liofilizada, ou seja, processo pelo qual é realizada a secagem do medicamento, não se exigindo, portanto, que o soro seja conservado sob refrigeração, como ocorre atualmente.
A medida está prevista em emenda de Plenário do senador Tião Viana (PT-AC), ao projeto de lei n° 170/2002, de sua própria autoria, que recebeu parecer favorável nesta quinta-feira (2) da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A emenda retirou dispositivo constante do projeto original que obrigava a venda do soro antiofídico liofilizado acompanhado com o medicamento anti-histamínico. O projeto retorna agora para exame do Plenário do Senado.
Apesar de reconhecer que o soro antiofídico produzido no país -é de excelente qualidade-, Tião Viana, que é médico, observou que os laboratórios empregam tecnologia que exige a sua conservação sob constante refrigeração. Ele lembrou que a maior parte das mordidas de cobra ocorre na roça e no mato, longe de serviços de saúde e de refrigeradores, razão pela qual acha que a forma liofilizada irá tornar o atendimento ao paciente mais eficaz.
Na mesma reunião, a CAS aprovou requerimento de autoria do senador Sibá Machado (PT-AC) convidando o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb Lima, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel José dos Santos, para falarem sobre o Plano Safra 2003. A data e o horário da audiência pública ainda serão marcados.
02/10/2003
Agência Senado
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