Tião Viana propõe mudança na fabricação do soro antiofídico



Projeto de lei apresentado pelo senador Tião Viana (PT-AC) determina que pelo menos 50% das doses de soro antiofídico para uso humano, produzidas e importadas por laboratórios e empresas sediadas no Brasil, deverão estar sob a forma liofilizada. Ao contrário do soro na forma líquida, o liofilizado dispensa o uso de geladeira para sua conservação e mantém a eficácia por 10 a 15 anos. A matéria está tramitando na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e tem como relator o senador Sebastião Rocha (PDT-AP).

Na justificação do projeto, o senador argumenta que a maior parte dos acidentes ofídicos ocorrem na roça e no mato, longe dos serviços de saúde e de refrigeradores. Por reconhecer essa limitação, em 1981, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já recomendava a seus estados-membros localizados nos trópicos que passassem a utilizar a forma liofilizada do soro aos invés da forma líquida, lembra o senador.

No Brasil, informa Tião Viana, a cada ano registram-se cerca de 20 mil acidentes por picada de cobra, com a ocorrência de 110 óbitos. Os trabalhadores rurais jovens, atingidos principalmente em seus pés, pernas, mãos e antebraços, são as principais vítimas.

-A mudança não exige investimentos vultosos em equipamentos e instalações, pois é possível que aproximadamente US$ 500 mil permitam equipar os três laboratórios produtores nacionais-, diz ele na justificação da proposta.




23/10/2002

Agência Senado


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