STF quebra sigilo bancário de Demóstenes Torres
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou, nesta quinta-feira (29), a quebra do sigilo bancário do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Ele também pedirá ao presidente do Senado, José Sarney, que remeta a ele a relação de emendas ao Orçamento da União apresentadas por Demóstenes.
O senador do DEM é alvo de inquérito, pedido pelo Ministério Público, como suposto beneficiário do esquema de jogos ilegais comandado pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso. Nas investigações sobre Cachoeira, alvo da operação Monte Carlo, há cerca de 300 telefonemas entre o bicheiro e o senador.
De acordo com notícia divulgada pelo STF, o ministro Lewandowski acatou outros pedidos feitos pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na noite de terça-feira (27) – ocasião em que pediu abertura de inquérito contra Demóstenes. Lewandowski deve determinar, por exemplo, que órgãos públicos encaminhem cópias de contratos celebrados com empresas citadas (de acordo com o pedido de Gurgel) e pedir à Polícia Federal a degravação de 19 diálogos telefônicos.
Por outro lado, o ministro negou pedido de Gurgel para que o Ministério Público tenha acesso automático a dados financeiros complementares dos investigados, via Banco Central. Também negou os pedidos de vista dos autos feitos pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT), pelo DEM e por órgãos de imprensa.
De acordo com Lewandowski, há no processo diálogos com terceiros que devem ser cobertos por sigilo. Os advogados de Demóstenes Torres, no entanto, terão amplo acesso aos autos.
29/03/2012
Agência Senado
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