SUASSUNA ALERTA PARA O CAOS DA SAÚDE
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) defendeu hoje (dia 2) que os recursos destinados à saúde sejam direcionados prioritariamente para ações da saúde pública, como controle de doenças e vigilância sanitária. Ele disse que boa parte da verba arrecadada pela CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) será empregada para saldar dívidas anteriores, não vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), como o resgate de empréstimos tomados ao Fundo de Assistência ao Trabalhador (FAT).
Na opinião de Suassuna, "os gastos efetuados na gestão do atual governo foram insuficientes para tirar a saúde pública do caos em que se encontra". Conforme acentuou, o governo precisa investir pelo menos 18 bilhões de reais por ano, no setor, para garantir programas prioritários, como a redução da mortalidade infantil e o combate a doenças endêmicas.
Para o senador, os gastos do Ministério da Saúde destinam-se aosatendimentos de ambulatório e às internações hospitalares, o que, a seu ver, demonstra que a política nacional de saúde está priorizando a doença e não a saúde. "Gasta-se muito com doenças que poderiam ser facilmente evitadas. Desperdiçam-se bilhões de reais com a aplicação indiscriminada de recursos para o atendimento ambulatorial e hospitalar, sem rigorosa fiscalização da qualidade de serviços, enquanto milhões de brasileiros não têm acesso ao atendimento básico".
Em aparte, o senador Jefferson Péres (PSDB-AM) afirmou que o Congresso tem que assegurar recursos ao governo, talvez com a prorrogação da CPMF. Já o senador Otoniel Machado (PMDB-GO) disse que os problemas da saúde pública não estão simplesmente na falta de recursos, mas na má administração das verbas. Segundo ele, deve ser cobrada uma maior fiscalização do governo.
02/07/1997
Agência Senado
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