Suassuna defende agenda nacional própria para o Brasil



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) defendeu a necessidade de o Brasil estabelecer uma agenda nacional própria, dado prioridade aos problemas do país, ao invés de continuar a se pautar por uma agenda estrangeira, em que as necessidades brasileiras não são levadas em consideração. Para embasar sua opinião, ele leu o texto de uma palestra proferida pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), César Benjamim, analisando o primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Petista histórico, César Benjamim disse em sua palestra, realizada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que a crise brasileira é apenas secundariamente econômica. O dilema central do governo Lula, na sua avaliação, é político. Falta ao país não apenas um projeto, mas falta vontade de ter um projeto.

César Benjamim também opinou que, ao invés de uma "herança maldita" na macroeconomia, o governo Lula herdou uma herança maldita no imaginário do país. Os brasileiros perderam a autoconfiança e passaram a raciocinar como integrantes de um país pequeno, problemático, frágil, sempre doente, pedinte e necessitado de auxílio.

- Uma segunda herança maldita que recebemos desse período é a terrível incapacidade de construir nossa própria agenda. Quais são os nossos problemas? Qual é a nossa pauta de ação? Reparem qual é a agenda brasileira há muitos anos: o chamado "risco" Brasil, a cotação do dólar e a oscilação da bolsa de valores. Que tem isso a ver com o nosso povo? Que tem a ver com o nosso país? - indagou o professor César Benjamim em sua palestra.

Ney Suassuna comentou que, mesmo sem concordar com toda a manifestação do professor da UFRJ, leu o texto da palestra para alertar o governo sobre a necessidade de o país deixar de apenas se preocupar com as questões econômicas. Ele elencou algumas iniciativas que poderiam ser tomadas independentemente da alta do dólar ou da oscilação da bolsa de valores, como a construção de casas populares e a melhoria do atendimento hospitalar. O senador pela Paraíba também defendeu a diminuição da burocracia para que o país possa crescer.



27/01/2004

Agência Senado


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