SUBCOMISSÃO DO JUDICIÁRIO OUVE NESTA TERÇA MARTUS TAVARES



A Subcomissão Permanente do Judiciário ouve nesta terça-feira (dia 29) o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares, sobre a liberação de verbas federais para a construção do fórum trabalhista de São Paulo. O ministro deverá explicar a utilização para a conclusão da obra de recursos da reserva de contingência do governo.
O requerimento de convocação de Martus Tavares foi apresentado pelo deputado Djalma Paes (PSDB-PE) à Comissão Representativa do Congresso Nacional em julho, durante o período de recesso legislativo, logo após a publicação de notícias sobre a liberação de verbas da reserva de contingência do governo para a obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP). Assim como os demais requerimentos apresentados à Comissão Representativa, o pedido de convocação do ministro foi repassado à subcomissão.
O deputado observa, na justificação de seu requerimento que, apesar das irregularidades registradas durante a construção, a obra do fórum trabalhista recebeu desde 1995 recursos sob a forma de créditos suplementares remanejados de dotações contingenciadas. A reserva de contingência, pondera Paes em seu requerimento, destina-se a cobrir, durante o exercício, eventuais insuficiências de recursos para obras previstas no Orçamento da União.
Durante o período de recesso, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou que a situação do ministro Martus Tavares havia-se tornado insustentável depois da divulgação das liberações de verbas para o TRT provenientes da reserva de contingência - R$ 11 milhões em 1995 e R$ 25,7 milhões em 1996.
Simon lembrou que esses pedidos de verbas suplementares haviam sido rejeitados pelo Congresso porque, na época, já acontecia a discussão sobre superfaturamento e irregularidades na obra. "Auditores do TCU também tinham dado parecer contrário às liberações", recordou.
Na tentativa de esclarecer o desvio de recursos públicos durante a construção do fórum trabalhista de São Paulo, a Subcomissão do Judiciário já ouviu o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira, cinco procuradores da República, presidentes e ex-presidentes do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do TRT-SP, funcionários dos dois tribunais. Também prestaram depoimento integrantes de uma comissão do TRT que acompanhou a obra do fórum trabalhista, da qual calcula-se que tenham sido desviados R$ 169 milhões.

28/08/2000

Agência Senado


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