SUPLICY APOIA AUTOCRÍTICA DO PFL
O senador Eduardo Suplicyaplaudiu discurso feito pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), que o antecedeu natribuna nesta quinta-feira (dia 30) para comunicar decisão de seu partido de estimular ogoverno a promover o "desenvolvimento com emprego." Suplicy considerou positivaa "mudança de rumo" do Partido da Frente Liberal, mas advertiu:
- Se o PFL, que sempre apoiou Fernando Henrique Cardoso na adoção das medidas quelevaram o país a essa crise, estiver mesmo interessado em fazer uma autocrítica,precisa ampliar suas propostas para a redistribuição da riqueza, pois as atuais, como oBanco da Terra, são extremamente modestas - afirmou.
Suplicy considerou a iniciativa de Bornhausen uma conseqüência das manifestações dosdirigentes de agencias internacionais como o Banco Mundial (BIRD) e o Fundo MonetárioInternacional (FMI), que admitiram a necessidade de uma revisão do receituárioeconômico aplicado aos países pobres.
"Se se quiser fazer jus às palavras do FMI e do Banco Mundial, há que se ter muitomais energia e criatividade", afirmou Suplicy. Ele criticou o PFL por ter dado apoioa uma política econômica responsável pela existência de um contingente deaproximadamente 40 milhões de brasileiros que não conseguem receber meio saláriomínimo por mês, conforme depoimento de economistas na Comissão da Pobreza.
Suplicy recomendou que dentro da "nova disposição" anunciada por Bornhausen oPFL contribua para que sejam modificados os critérios de empréstimos que vêm sendoutilizado pelo BNDES. Segundo ele, em vez de ajudar os que "já têm muito, conformeos relatórios demonstram que se tornou prática da instituição, o banco deveriadestinar recursos para as pequenas e médias empresas.
30/09/1999
Agência Senado
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