Tasso diz que novo mínimo impõe autocrítica ao PT



O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou em Plenário o novo valor do salário mínimo, de R$ 260, que começa a vigorar a partir de 1º de maio. A exemplo de outros parlamentares da oposição, ele fez uma dura avaliação sobre a decisão do governo. Disse que, no primeiro ano, o governo justificou que não ofereceu um aumento maior do salário mínimo por causa da "herança maldita". Agora, comentou o senador, a "herança maldita" é o próprio primeiro ano de governo Lula.

- É necessário que o governo venha a público fazer das duas uma - ou uma autocrítica dizendo: "Tudo que nós dissemos no passado, toda a crítica que fizemos no passado foi um grande equívoco, e viemos aqui pedir ao povo brasileiro desculpas". Ou outra: "Nós não damos um salário mínimo maior porque somos perversos, somos maus e temos prazer em ver a população mais pobre do país com seu salário deprimido no máximo que possa" - afirmou.

Durante as últimas sessões plenárias, Tasso Jereissati fez críticas ao projeto de conversão da Medida Provisória 163/04, que reestruturou a Casa Civil da Presidência da República e cria cargos comissionados, e ao projeto de lei de conversão da Medida Provisória 164/04, que estabeleceu modificações nas regras de cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do PIS-Pasep.

Sobre a nova regra de cobrança dessas contribuições, Tasso afirmou que "o governo quebrou um acordo feito entre todos os partidos" e disse considerar o novo sistema "casuístico, que pode complicar ainda mais a vida do contribuinte e levar mais ainda o país à informalidade".



29/04/2004

Agência Senado


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