SUPLICY DEFENDE RENDA MÍNIMA E ATACA MALUF



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) criticou nesta terça-feira (dia 15) o candidato a prefeito de São Paulo pelo PPB, Paulo Maluf, por ter afirmado que a causa da violência é uma decisão individual de desrespeitar a lei, e não resultado da pobreza e da miséria. Em artigo publicado recentemente pelo jornal Folha de S.Paulo, Maluf pregou o aumento da repressão ao crime no lugar de soluções estruturais e "complacentes" de longo prazo.
Para se contrapor às idéias de Maluf, Suplicy leu artigo publicado na Folha pela mulher do senador, Marta Suplicy, candidata a prefeita pela coligação Muda São Paulo (PT, PCB, PC do B e PHS). Ali a desigualdade social é apresentada como a causa principal da violência. "Sem apoiar os diferentes segmentos econômicos, São Paulo não poderá minorar os impactos das políticas econômicas federais que fomentam o desemprego", diz o artigo. Segundo Marta, é preciso ainda garantir o acesso universal à escola, assumir a gestão plena do Sistema Único de Saúde (SUS) e implantar projetos sócio-ambientais nas regiões de mananciais.
Em aparte ao discurso de Suplicy, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) disse considerar "indecente" a atitude de quem volta as costas aos problemas sociais e é complacente com os que roubam o dinheiro público.
Eduardo Suplicy também atacou a proposta de Paulo Maluf para que seja concedida renda de R$ 151 (um salário mínimo) a famílias pobres, a fim de que matriculem seus filhos em escolas particulares. Segundo o senador, a idéia do candidato do PPB desvirtua o conceito de renda mínima, que não foi construído para beneficiar estabelecimentos privados de ensino e nem prejudicar a escola pública.
A diminuição drástica das desigualdades como solução para o problema da violência é o caminho apontado pelas próprias comunidades pobres, segundo o senador petista. Ele contou ter assistido no fim de semana, em São Paulo, a um show de grupos de rap formados por moradores da periferia, em que foram apresentadas várias canções tratando a violência como conseqüência das difíceis condições de vida nessas áreas. O senador considera um equívoco a proibição - determinada recentemente pela Justiça - de um videoclip mostrando cenas de violência ao som do rap. Para Suplicy, os vídeos não incitam à violência, como alegado por procuradores; apenas revelam uma realidade.

15/08/2000

Agência Senado


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