Suplicy elogia protesto de juiz contra libertação de corruptos
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) elogiou e manifestou solidariedade ao juiz Douglas de Melo Martins, de Araioses, no Maranhão, que determinou a libertação de todos os presos do município, em protesto contra a concessão de hábeas corpus em favor do prefeito da cidade de Água Doce (MA), Francisco das Chagas Linhares; do presidente da Câmara dos Vereadores, José Maria Alves de Araújo; e do primeiro secretário da Casa, Francisco das Chagas Ribeiro da Paz. Todos estavam presos por formação de quadrilha e corrupção.
Suplicy informou que, nesta quarta-feira (11), o Tribunal de Justiça do estado, atendendo ao protesto do juiz de Araioses, revogou o hábeas corpus e todos voltaram à prisão.
- O ato do juiz Douglas de Melo Martins é um alerta contra a impunidade dos crimes de corrupção que, segundo o próprio magistrado, é muito grande no Maranhão - disse Suplicy.
O senador citou frase do juiz Douglas de Melo Martins, que garantiu ter pesquisado muito e nunca encontrou um só caso de prisão ou punição por corrupção em todo o estado. Segundo Suplicy, há 20 dias o juiz Douglas vem enfrentando sindicância aberta pelo Tribunal de Justiça, por se ter rebelado contra a soltura dos acusados de corrupção e formação de quadrilha. Várias entidades do estado já fizeram moção de apoio ao juiz, como a CNBB, a OAB/MA e a Comissão de Justiça e Paz.
Eduardo Suplicy comunicou também ao Plenário que o filme Cidade de Deus ganhou o Prêmio Glauber Rocha no vigésimo quarto Festival de Havana, que termina nesta sexta-feira. Cidade de Deus concorreu com 41 outros longas metragens de ficção.
12/12/2002
Agência Senado
Artigos Relacionados
Suplicy elogia recomendação de Chávez às Farc para libertação de reféns
SUPLICY REGISTRA PROTESTO CONTRA A POSSE DE PREFEITO DE NOVO MUNDO
SUPLICY EXIGE QUE FHC APONTE PARLAMENTARES CORRUPTOS
SUPLICY APÓIA LIBERTAÇÃO DO TIMOR LESTE
Suplicy pede para não ser colocado 'na mesma vala dos corruptos'
Suplicy diz que a abolição não significou libertação para os escravos