Suplicy pede ao MLST que use meios democráticos nas suas mobilizações
"Quero recomendar fortemente aos companheiros do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) e aos dos demais movimentos sociais que suas causas ganharão maior respaldo da população na medida em que seus movimentos se caracterizarem por meios democráticos e não violentos". O conselho foi dado, em Plenário, nesta quarta-feira (7), pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que revelou sua intenção de visitar os integrantes do MLST, presos em Brasília após a depredação de dependências da Câmara, para transmitir o recado pessoalmente.
O senador por São Paulo informou que fez essa mesma recomendação quando militantes da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) destruíram um laboratório de melhoramento genético da Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro (RS). Suplicy lembrou que, felizmente, neste episódio ocorrido em fevereiro de 2002, pessoas não saíram feridas como na invasão da Câmara patrocinada pelo MLST.
- Há vários anos luto pela renda básica de cidadania, que já foi aprovada pelo Congresso e o Executivo está implantando gradualmente. Imagine se eu saísse por aí atacando com paus e pedras e ferindo pessoas para argumentar da necessidade premente de sua implantação o quanto antes. Imagine se eu chegasse na porta do gabinete do presidente da República com um pedaço de pau e ameaçasse quebrar tudo se ele não instituísse imediatamente. Eu acabaria atrasando a causa que defendo - afirmou Suplicy.
Em aparte, o senador Ramez Tebet (PSDB-MS) destacou que a manifestação ocorrida na Câmara dos Deputados teve o endereço errado. Ele lembrou que é o Executivo quem tem condições de atender às reivindicações relativas à reforma agrária, que é o governo federal que controla o orçamento e decide sobre a aplicação de recursos.07/06/2006
Agência Senado
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