Suplicy rejeita acusação de ter levado Marta a perder eleição



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse nesta quarta-feira (3) que é incorreta a avaliação do secretário municipal de Abastecimento e Projetos Especiais de São Paulo, Valdemir Garreta, de que ele, Suplicy, é um dos maiores responsáveis pela derrota da prefeita Marta Suplicy nas recentes eleições. Ex-mulher do senador, Marta recebeu apoio do parlamentar durante toda a campanha, segundo salientaram o próprio Suplicy e outros senadores que o apartearam durante o discurso desta tarde no Plenário.

Garreta disse ao jornal Folha de S. Paulo que Suplicy, inconformado com a separação do casal, ocorrida há três anos e meio, vem fazendo o papel de vítima, o que teria contribuído para dar à Marta a fama de uma pessoa insensível e arrogante. No entender de Suplicy, o que derrotou a prefeita foi a insistência dela em atacar o candidato do PSDB, José Serra, ao invés de adotar a estratégia por ele indicada à coordenação da campanha: mostrar as realizações da Prefeitura.

Garreta acusou Suplicy de só pensar no seu futuro político, ao tentar angariar a simpatia dos eleitores, que se deixariam comover pela sua situação de homem bom abandonado pela mulher e de político moderado, capaz de conseguir votos até junto ao eleitorado do PSDB. O secretário de Marta disse ainda que Suplicy insistiu em gravar depoimentos de apoio a Marta, fortalecendo o preconceito que ajudou a criar contra a prefeita. Garreta lembrou também da entrevista que a namorada do senador, Mônica Dallari, deu à revista Veja, na qual fez críticas pessoais a Marta e à condução da campanha.

De acordo com Suplicy, Garreta e o marqueteiro da campanha, Duda Mendonça, é que solicitaram seus depoimentos. Do ponto de vista pessoal, o parlamentar disse não guardar ressentimentos. Isso estaria patente no modo cordial com que trata o atual marido de Marta, Luis Favre, de quem discorda politicamente. Favre, Garreta e Duda Mendonça teriam sido partidários dos ataques a Serra.

- Talvez por gostar de brigas de galo, o Duda Mendonça era favorável às agressões, embora em livro de sua autoria tenha pregado a máxima de que "quem bate perde" - disse Suplicy, que recebeu a solidariedade dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Heráclito Fortes (PFL-PI), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Efraim de Morais (PFL-PB). Tasso recordou do esforço do senador em prol de um empréstimo para a prefeitura paulistana que enfrentou dificuldades no Senado.



03/11/2004

Agência Senado


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