TÁVOLA ANALISA A DIFUSÃO DO CÓDIGO DE TRÂNSITO
Ao analisar a repercussão do Código de Trânsito Brasileiro, na sociedade brasileira, o senador Artur da Távola (PSDB-RJ) destacou hoje (dia 26) a eficácia dos meios de comunicação na divulgação desse texto. Ele disse que, atualmente, o Parlamento não detém mais a exclusividade do poder de formar a opinião pública, visto que os veículos de comunicação de massa concorrem com mais vantagem nesse ofício.
Sem os meios de comunicação, afirmou o senador, a publicação do Código de Trânsito teria agora "a paz dos cemitérios" e não o debate desencadeado na opinião pública. Lembrando que a lei tem um caráter dinâmico, ele disse que um texto como esse penetra gradativamente na sociedade, daí por que é tão importante que os instrumentos da democracia participativa (meios de comunicação) e da democracia representativa (Parlamento) ajam simultaneamente.
Conforme Artur da Távola, muitas pessoas no Brasil acham que não têm compromisso com a lei porque não a conhecem, porque ela não foi divulgada suficientemente ou porque entendem que há problemas mais importantes para serem resolvidos. Ele lembrou que a própria Constituição proclama que ninguém pode alegar o desconhecimento da lei, e louvou a ação dos meios de comunicação, que correm paralelamente ao Legislativo, buscando a participação da população.
Segundo o senador, a democracia participativa mobiliza a população e seu crescimento hoje não só é importante como intenso. "E quanto mais as democracias participativa e representativa se juntarem, melhor a sociedade vive", ensinou ele. Távola deplorou o fato de que, nas críticas feitas contra a violência do trânsito, nenhuma aponte a velocidade do automóvel. Disse que as corridas de automóveis não caracterizam esporte, porque não aferem a medida humana, a não ser como subsidiária, e criticou também a publicidade que associa conceito de liberdade com conceito de velocidade.
Outra crítica de Artur da Távola ser relaciona ao estrago que os veículos causam nas vias públicas, restauradas com recursos dos impostos pagos da sociedade. Ele lamentou que o Brasil, em vez de investir no transporte de massa, prefira investir no automóvel.
26/01/1998
Agência Senado
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