Tião Viana discute crise do Incor-DF com Chinaglia e Temporão



Os presidentes do Senado, Tião Viana, e da Câmara, Arlindo Chinaglia, foram ao Ministério da Saúde na tarde desta segunda-feira (3) discutir com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, uma solução para a crise no Instituto do Coração do Distrito Federal (Incor-DF). O presidente do Senado retirou-se logo após o encontro, que foi a portas fechadas, mas Chinaglia se pronunciou ao final.

O presidente da Câmara observou que o assunto não é responsabilidade do Congresso, ma lembrou que Câmara e Senado investiram R$ 70 milhões na implantação do Incor-DF. Chinaglia quer evitar a "reagudização da crise" que começou no início do ano.

Em nota divulgada no último domingo (2) a Fundação Zerbini, que administra o Instituto do Coração, anunciou que irá iniciar o processo de aviso prévio aos funcionários da instituição. A medida cumpre acordo firmado em junho, segundo o qual terminam, em 28 de dezembro, tanto o prazo de vigência da administração do hospital pela fundação quanto o acordo de serviços entre a fundação e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

A nota acrescenta que os ministérios da Saúde, da Defesa e o governo do Distrito Federal não indicaram oficialmente o novo gestor do Incor-DF. Chinaglia apontou a necessidade de uma reunião entre o Incor e o governo do Distrito Federal antes de qualquer decisão.

- É preciso saber se o acordo com o governo do Distrito Federal será concluído ou não - disse o presidente da Câmara.

Chinaglia disse ainda que o chamado PAC da Saúde - a ser anunciado nesta quarta-feira (5) - e a votação da regulamentação da Emenda Constitucional 29 e da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) também foram tema da reunião entre os três médicos. Lembrou que a CPMF financia o setor da saúde com R$ 24 bilhões e que a redefinição dos gastos com saúde, prevista na regulamentação da emenda, pode ainda trazer mais R$ 8 bilhões para o setor.



03/12/2007

Agência Senado


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