Tião Viana estranha a criação de outra comissão no Ministério da Saúde para combater a hepatite



O senador Tião Viana (PT-AC) manifestou sua "estranheza" diante de duas notícias: a de que o Ministério da Saúde teria criado uma outra comissão para cuidar da hepatite B e C, desconsiderando a existência da Comissão Nacional para o Controle e a Prevenção da Hepatite no Brasil, e a de que, no último dia 20, essa nova comissão aprovou um protocolo multicêntrico - que envolve diferentes órgãos e especialistas -, pago pelo Ministério da Saúde, para avaliar um novo medicamento contra a hepatite C, o Interferon Peguilado, a um custo aproximado de US$ 10 milhões.

Em pronunciamento no Plenário, nesta sexta-feira (23), Tião Viana admitiu que poderá encaminhar à Mesa requerimento de informações ao Ministério da Saúde para confirmar a existência desse órgão "paralelo" e esclarecer os seus objetivos e que poderá recorrer até mesmo à criação de uma comissão no Senado para averiguar essa "estranha" operação.

O senador disse que, apesar de ter procurado a confirmação da informação junto ao secretário de Assistência à Saúde do ministério, Renilson Rehem, não obteve até agora uma resposta. Ele ressalvou que Rehem sempre agiu como uma pessoa íntegra, e que, por isso, espera que as informações que solicitou lhe sejam enviadas pelo secretário.

De acordo com Tião Viana, países ricos não se aventuram em avaliações terapêuticas semelhantes à que o Ministério da Saúde estaria bancando com o Interferon Peguilado. "Elas são dispendiosas e devem ser de responsabilidade da indústria, pois esta arca com o ônus caso o estudo não seja concluído ou apresente resultados negativos" - explicou.

O parlamentar acrescentou que dados levantados pela Comissão Nacional para o Controle e a Prevenção da Hepatite no Brasil indicam que cerca de 2 milhões de brasileiros estão contaminados pela doença.

23/11/2001

Agência Senado


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